De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 500 milhões de pessoas no mundo sofrem com doenças crônicas causadas pela hepatite; mais de 350 milhões, de depressão; e, pelas estimativas do órgão, pelo menos 346 milhões de habitantes do planeta padecem com algum tipo de diabetes. E a OMS alerta: esse número pode dobrar até 2030. Os portadores dessas enfermidades têm em comum o duradouro tempo de tratamento e, na maioria das vezes, a completa falta de informação e de conhecimento de como conviver com a doença. A consequência comum desses dois fatores é o isolamento.
Não é à toa que, em 1937, a Universidade Harvard começou o maior estudo já realizado sobre a saúde humana. Voluntários de todas as idades e perfis tiveram suas vidas analisadas e passaram por entrevistas e por exames periódicos para responder à pergunta – 'O que faz uma pessoa ser saudável?' A conclusão foi surpreendente. O fator que mais influi no nível de saúde não é a riqueza, a genética, a rotina nem a alimentação. São os amigos. Além de fundamental para o bem-estar mental, ter amigos faz bem ao coração e ao corpo. Entretanto, segundo o estudo, se as amizades forem novas é ainda melhor. Tão importante quanto ter amigos do peito é fazer novas amizades durante toda a vida.
Foi esse princípio que motivou três amigos – Bruno, Guilherme e Rodnei – a criarem o site Amizade Positiva. Um amigo em comum, Rafael Sanches Lopes, descobriu que era soropositivo e que conviver com o estigma da doença dificultava os seus relacionamentos. Rafael Bolacha, como é conhecido, é o autor do livro Uma vida positiva. A publicação reúne depoimentos postados no próprio blog do autor ao longo de três anos, desde que foi diagnosticado soropositivo.
— Depois da fase de contar para a família, a maior dificuldade é ligada às relações. É uma grande complicação — enfatiza.
Na avaliação de Rafael, o Amizade Positiva muda a percepção, pois mostra que existem muitas pessoas passando pelo mesmo problema.
— Isso traz uma boa perspectiva, que é a de poder falar sobre assuntos e a respeito de sentimentos que a maioria dos amigos não entende exatamente, além de aumentar a esperança para novas amizades mais duradouras. Sem contar os artigos que, confesso, são uma das ferramentas de que mais gosto no site, já que a mídia às vezes não dá a devida atenção para alguns temas. Recebi o Amizade Positiva como um grande canal de comunicação e de informação — diz Rafael.
E é justamente essa a função do Amizade Positiva. Bruno, Guilherme e Rodnei se perguntavam: 'E se existisse um espaço no qual uma pessoa, vivendo com alguma condição médica diferente, pudesse falar abertamente e sem medo, criando relacionamentos sinceros desde o início?' Para os três amigos, uma convivência tem mais chances de dar certo quando há troca de experiências e quando as pessoas podem ser elas mesmas. A conclusão comum foi que essa possibilidade estava no espaço da web.
— Nosso objetivo é ajudar. Diminuir a sensação de isolamento gerada a partir da descoberta de uma doença crônica. Queremos transformar a marca do Amizade Positiva em um símbolo de aceitação, de tolerância e de inclusão e torná-lo referência — afirma Bruno Siqueira, que é analista de sistemas.
Lançado há cinco meses – e com mais de 700 usuários –, o Amizade Positiva conta tanto com informações médicas quanto com troca de mensagens.
— Não é um site médico. O nosso trabalho passou por uma série de pesquisas e de consultorias, uma vez que queremos informar e promover encontros que resultem em relacionamentos — esclarece Guilherme Bello, o web designer do grupo.
O terceiro parceiro na empreitada é Rodnei Couto, mestre em engenharia de software.
— O formato do site possibilita criar novas amizades. Buscamos ajudar as pessoas a levarem os contatos iniciados na rede para a vida real — esclarece.
Pelo testemunho dos usuários, a finalidade está sendo alcançada. 'Sou portador do Mal Parkinson, há mais de quatro anos, mas isso não me impede ser feliz. Tenho uma família maravilhosa, amo a minha esposa e os meus três filhos. Passar a minha experiência para outros é imensurável', garante P., 54 anos. Na opinião de M., 35 anos, que há quatro convive com Transtorno de Ansiedade Generalizada, conhecer pessoas é muito importante. 'Compartilhar o que você tem com os outros ajuda muito a passar por essa vida cheia de complicações', resume.
Existem sites de relacionamentos de doenças crônicas específicas, a exemplo de HIV, diabetes, Mal de Parkinson, hepatite etc. Nos Estados Unidos, este tipo de trabalho é muito comum. No Brasil, entretanto, há alguns voltados para soropositivos. No Amizade Positiva, diferentemente dos outros sites de relacionamento focados em doenças crônicas, todos podem se cadastrar e não apenas as pessoas que estão vivendo com determinada condição médica.
Não é à toa que, em 1937, a Universidade Harvard começou o maior estudo já realizado sobre a saúde humana. Voluntários de todas as idades e perfis tiveram suas vidas analisadas e passaram por entrevistas e por exames periódicos para responder à pergunta – 'O que faz uma pessoa ser saudável?' A conclusão foi surpreendente. O fator que mais influi no nível de saúde não é a riqueza, a genética, a rotina nem a alimentação. São os amigos. Além de fundamental para o bem-estar mental, ter amigos faz bem ao coração e ao corpo. Entretanto, segundo o estudo, se as amizades forem novas é ainda melhor. Tão importante quanto ter amigos do peito é fazer novas amizades durante toda a vida.
Foi esse princípio que motivou três amigos – Bruno, Guilherme e Rodnei – a criarem o site Amizade Positiva. Um amigo em comum, Rafael Sanches Lopes, descobriu que era soropositivo e que conviver com o estigma da doença dificultava os seus relacionamentos. Rafael Bolacha, como é conhecido, é o autor do livro Uma vida positiva. A publicação reúne depoimentos postados no próprio blog do autor ao longo de três anos, desde que foi diagnosticado soropositivo.
— Depois da fase de contar para a família, a maior dificuldade é ligada às relações. É uma grande complicação — enfatiza.
Na avaliação de Rafael, o Amizade Positiva muda a percepção, pois mostra que existem muitas pessoas passando pelo mesmo problema.
— Isso traz uma boa perspectiva, que é a de poder falar sobre assuntos e a respeito de sentimentos que a maioria dos amigos não entende exatamente, além de aumentar a esperança para novas amizades mais duradouras. Sem contar os artigos que, confesso, são uma das ferramentas de que mais gosto no site, já que a mídia às vezes não dá a devida atenção para alguns temas. Recebi o Amizade Positiva como um grande canal de comunicação e de informação — diz Rafael.
E é justamente essa a função do Amizade Positiva. Bruno, Guilherme e Rodnei se perguntavam: 'E se existisse um espaço no qual uma pessoa, vivendo com alguma condição médica diferente, pudesse falar abertamente e sem medo, criando relacionamentos sinceros desde o início?' Para os três amigos, uma convivência tem mais chances de dar certo quando há troca de experiências e quando as pessoas podem ser elas mesmas. A conclusão comum foi que essa possibilidade estava no espaço da web.
— Nosso objetivo é ajudar. Diminuir a sensação de isolamento gerada a partir da descoberta de uma doença crônica. Queremos transformar a marca do Amizade Positiva em um símbolo de aceitação, de tolerância e de inclusão e torná-lo referência — afirma Bruno Siqueira, que é analista de sistemas.
Lançado há cinco meses – e com mais de 700 usuários –, o Amizade Positiva conta tanto com informações médicas quanto com troca de mensagens.
— Não é um site médico. O nosso trabalho passou por uma série de pesquisas e de consultorias, uma vez que queremos informar e promover encontros que resultem em relacionamentos — esclarece Guilherme Bello, o web designer do grupo.
O terceiro parceiro na empreitada é Rodnei Couto, mestre em engenharia de software.
— O formato do site possibilita criar novas amizades. Buscamos ajudar as pessoas a levarem os contatos iniciados na rede para a vida real — esclarece.
Pelo testemunho dos usuários, a finalidade está sendo alcançada. 'Sou portador do Mal Parkinson, há mais de quatro anos, mas isso não me impede ser feliz. Tenho uma família maravilhosa, amo a minha esposa e os meus três filhos. Passar a minha experiência para outros é imensurável', garante P., 54 anos. Na opinião de M., 35 anos, que há quatro convive com Transtorno de Ansiedade Generalizada, conhecer pessoas é muito importante. 'Compartilhar o que você tem com os outros ajuda muito a passar por essa vida cheia de complicações', resume.
Existem sites de relacionamentos de doenças crônicas específicas, a exemplo de HIV, diabetes, Mal de Parkinson, hepatite etc. Nos Estados Unidos, este tipo de trabalho é muito comum. No Brasil, entretanto, há alguns voltados para soropositivos. No Amizade Positiva, diferentemente dos outros sites de relacionamento focados em doenças crônicas, todos podem se cadastrar e não apenas as pessoas que estão vivendo com determinada condição médica.
Fonte Diário Catarinense
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