A fila não deveria existir, já que a retirada do tecido é um procedimento simples e que pode ser feito em até seis horas após a constatação da morte encefálica ou circulatória do doador |
Quinto estado do país que mais realizou transplantes de córnea no primeiro trimestre, o Rio Grande do Sul reduziu em aproximadamente 19,8 vezes o tamanho da fila de espera pelo tecido nos últimos quatro anos. Nesta terça-feira, conforme dados da Central de Transplantes, 47 pessoas aguardavam pela transplantação, contra 930 em 2009. O prazo entre o cadastro do receptor e a realização do procedimento caiu de um ano e meio para 15 dias em alguns casos.
De acordo com a coordenadora da central, a médica Rosana Reis Nothen, a revisão do cadastro de receptores, finalizada em 2011 após dois anos de trabalho, e o financiamento público da retirada do técido, a partir de 1998, colaboraram para a diminuir a demanda reprimida.
A redução também é reflexo de uma maior conscientização por parte da sociedade, avalia Roberto Freda, diretor clínico e responsável pelo setor de transplantes do Hospital Banco de Olhos, que iniciou campanha em 2010 para estimular as doações. Nos três primeiros meses deste ano, a instituição realizou 58 procedimentos, o que representa 28,3% das cirurgias realizadas em âmbito estadual.
Freda ressalta, porém, que a fila não deveria existir, já que a retirada do tecido é um procedimento simples e que pode ser feito em até seis horas após a constatação da morte encefálica ou circulatória do doador.
— A principal causa de não doação ainda é a recusa familiar — lamenta.
Confira o ranking dos transplantes de córnea no primeiro trimestre:
1º São Paulo: 1224
2º Minas Gerais: 299
3º Pernambuco: 212
4º Goiás: 207
5º Rio Grande do Sul: 205
Total no país: 3.443
Fonte Zero Hora
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