Imagem da internet A luta contra a obesidade é uma prioridade |
O plano procura modificar modos de vida considerados prejudiciais, que
incluem fumar, consumir bebidas alcoólicas ou comer alimentos que podem
prejudicar a saúde e propiciar enfermidades não contagiosas, com o objetivo,
entre outras coisas, de conter o aumento da obesidade no mundo até 2020.
"A luta contra a obesidade é uma prioridade. É um dos principais fatores da
luta contra as doenças não contagiosas", declarou Francesco Branca, diretor do
departamento da OMS responsável pela nutrição para a saúde e o desenvolvimento.
Segundo um estudo publicado há dois anos que examinou a evolução do sobrepeso
entre 1980 e 2008 nas pessoas com mais de 20 anos, em 2008 mais de 10% dos
adultos no mundo eram obesos.
Nos países ricos, os Estados Unidos eram o mais afetado pela obesidade,
seguido por Nova Zelândia, enquanto a população do Japão registrava o menor
índice de sobrepeso.
Na América Latina, os mais afetados eram México, Argentina, Cuba e Brasil.
Na América Latina, os mais afetados eram México, Argentina, Cuba e Brasil.
O plano da OMS, que inclui várias medidas, destaca a necessidade das empresas
de alimentos e bebidas de reduzir os níveis de sal e açúcar adicionados aos
produtos, assim como de substituir as gorduras saturadas por gorduras
insaturadas, além da redução das porções.
Também pede às autoridades nacionais um controle maior da publicidade de
comidas e bebidas prejudiciais à saúde dirigida às crianças, com o objetivo de
reduzir a obesidade dos menores.
A Aliança Internacional de Alimentos e Bebidas (IFBA), integrada por grandes
empresas do setor, como Coca-Cola, Kellog's, McDonalds, Nestlé, Pepsico ou
Unilever, afirma apoiar o plano da OMS, mas não concorda com a ideia de novos
impostos.
O grupo adverte que isto poderia estimular as pessoas mais pobres a comprar
produtos mais calóricos e menos nutritivos.
"As medidas fiscais que procuram especificamente mudar o comportamento são
difíceis de elaborar e de aplicar", declarou Jane Reid, da IFBA, à AFP em um
e-mail.
Impostos deste tipo "teriam efeitos mais duros para as famílias de baixa
renda", que poderiam compensá-los "comprando alimentos mais energéticos e menos
nutritivos", afirmou a IFBA.
Fonte Folhaonline
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