Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 29 de maio de 2013

Substância de plástico pode alterar cérebro de feto no útero, diz estudo

Bisfenol A presente em algumas mamadeiras foi proibido em vários países (Foto: Fred Dufour/Arquivo AFP)
Foto: Fred Dufour/AFP
Bisfenol A presente em algumas mamadeiras foi proibido
 em vários países
Longa exposição ao bisfenol A mudou DNA e comportamento de cobaias. Composto usado em mamadeiras foi proibido no Brasil e em vários países
 
A exposição de fêmeas de camundongo grávidas a uma substância contida em plásticos e latas, chamada bisfenol A, pode alterar as funções cerebrais e o comportamento dos filhotes ainda no útero, aponta uma nova pesquisa feita pela Universidade de Columbia, nos EUA. Esse composto está presente no policarbonato, um tipo de plástico transparente e duro, do qual são feitos produtos como mamadeiras.
 
Os resultados do estudo foram publicados na edição de segunda-feira (27) da revista americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS). Os autores, liderados pela cientista Frances Champagne, expuseram as cobaias e sua prole a baixas e repetidas doses de bisfenol A e viram que os fetos sofreram alterações sexuais no DNA – ao mudar enzimas e os receptores de estrogênio, um hormônio feminino. Além disso, houve uma mudança na expressão desses genes no cérebro de machos e fêmeas e no comportamento, tornando-os mais ansiosos.
 
A equipe também identificou outras modificações sociais nos roedores, que passaram a farejar mais e a perseguir e agredir os outros. A exposição ao bisfenol A alterou, ainda, alguns comportamentos das fêmeas no pós-parto, como lamber e cuidar dos filhotes.
 
Em 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de mamadeiras de plástico feitas com bisfenol A no Brasil. A medida começou a valer em janeiro do ano passado.
 
Segundo a agência na época, não havia estudos conclusivos, mas existia a suspeita de que a substância pudesse causar problemas neurológicos em bebês menores de 1 ano. Outras pesquisas já sugeriram que o composto é capaz de provocar câncer.
 
O uso de policarbonato em mamadeiras já foi proibido também nos países da União Europeia, no Canadá e na Austrália. A substância aparece, ainda, em tigelas e copos plásticos, mas esses produtos continuam liberados. Mas a recomendação dos especialistas é de que esse material não seja aquecido, pois o calor favorece a migração do bisfenol A para o alimento.
 
Fonte G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário