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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Telemedicina deve ser integrada ao Registro Eletrônico de Saúde

Especialista em telemedicina afirma que existe a necessidade do desenvolvimento de sistemas de telemedicina que incorporem e integrem elementos centrais do registro eletrônico de saúde. Veja como:
 
Um observador veterano de telemedicina acha que é o momento de todas as diversas tecnologias agrupadas sob tal orientação serem integradas à medicina predominante, para que os pacientes possam receber os cuidados apropriados de serviços de saúde adequados nos locais certos, enquanto reduzem o desperdício e duplicam esforços.
 
Em um longo editorial para a publicação Telemedicine and eHealth, Rashid Bashshur, diretor de telemedicina do Sistema de Saúde da Universidade de Michigan, argumentou, também, que essa forma de entrega de cuidados é essencial para organizações de cuidado responsável (ACOs, na sigla em inglês).
 
“Se construído da forma apropriada, uma rede de telemedicina completa de serviços poderia oferecer a fundação para uma ACO de sucesso”, escreveu ele. “Introduziria a mudança organizacional necessária no processo de entrega, em vez de simplesmente fazer com que o antigo sistema opere eletronicamente”.
 
Em uma entrevista para a InformationWeek Healthcare, Bashshur definiu telemedicina como “um sistema de cuidados em que o provedor e o receptor dos cuidados não estão no mesmo local, ao mesmo tempo”, mas utilizam a TI para se comunicar. No entanto, acrescentou ele, certos aspectos da tecnologia móvel de saúde, como aplicativos de fitness e bem-estar, que os pacientes utilizam em seus smartphones sem a interação com prestadores de serviços de saúde, também entrariam na categoria.
 
Em seu comentário, Bashshur disse que existe a necessidade do desenvolvimento “de sistemas de telemedicina que incorporem e integrem elementos centrais da reforma dos serviços de saúde, como EHR [registro eletrônico de saúde], MU [uso significativo], HIE [troca de informações de saúde] e ACO”.
 
Como ele integraria telemedicina a EHRs? Para começar, observou Bashshur em entrevista, um provedor de serviços de saúde que se encontra, virtualmente, com um paciente via telehealth, deve criar um EHR para aquele paciente. A informação pode, então, ser transferida para um PHR (Registro Pessoal de Saúde), que o paciente pode consultar em um portal, que também permite a comunicação com outros serviços de saúde para o mesmo paciente.
 
Quando se trata do monitoramento móvel e domiciliar, a situação se torna mais complexa, disse ele, porque o volume absoluto de dados pode, facilmente, sobrecarregar os provedores. Parte da solução, afirmou Bashshur, está na forma “como os registros eletrônicos são organizados. Alguns sistemas permitem o acesso ao ponto específico em questão e outros fazem com que você passe por uma enorme quantidade outras informações. Existem formas como o EHR pode ser organizado para simplificar o processo de busca”.
 
Entretanto, ainda é difícil separar informações relevantes das irrelevantes em uma enorme corrente de dados. Os EHRs de hoje são incapazes de fazer isso (embora o fornecedor de EHR, eClinicalWorks, prometa um novo recurso para lidar com esse desafio no futuro). Portanto, alguns provedores de serviços de saúde – inclusive o Sistema de Saúde da Universidade de Michigan – têm gestores de cuidado filtrando os dados que chegam de monitoramento para detectar mudanças nas condições dos pacientes. No Sistema de Saúde da Universidade de Michigan, por exemplo, as enfermeiras devem ligar para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva se eles ganharem mais de 1 kg em um dia.
 
Mas, não está claro se as enfermeiras estão sempre observando os dados e interpretando-os corretamente, destacou Bashshur. A automação, disse ele, pode aprimorar o processo “reduzindo variações individuais em julgamentos. Não pode ser questão do que esta ou aquela enfermeira pensou naquele momento específico. Deve ser um protocolo padrão que é aplicado com uniformidade. E, além disso, quando há um alerta vermelho, ele deve provocar uma ação. Algo deve ser feito”.

De modo geral, disse ele, ACOs e outras organizações que cuidam da saúde populacional precisam de redes de telemedicina com serviços completos para engajar pacientes nos cuidados com sua própria saúde e no aprimoramento de seu comportamento de saúde. Isso é crítico, afirmou, se quiser manter as pessoas saudáveis e gastar menos com serviços de saúde.
 
Redes de telemedicina, disse ele, podem ser usadas para oferecer cuidados preventivos e educação ao paciente, assim como para diagnosticar e tratar algumas condições menos sérias por meio de consultas via telehealth. Com a telemedicina, “não é necessário todos irem a um consultório médico para tratar problemas simples. Você pode identificar o problema antes do paciente vir”. Se o paciente precisar da consulta pessoalmente, um especialista em um centro médico acadêmico como o UMHS pode atendê-lo, acrescentou ele. Em outros casos, o problema pode ser resolvido remotamente e o paciente encaminhado ao clínico geral de sua comunidade.
 
Fonte Saudeweb

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