Dados do ministério apontam que há no Brasil 1,8 médico por mil habitantes, enquanto na Argentina a proporção é 3,2; no Uruguai, 3,7; em Portugal, 3,9; e no Reino Unido, 2,7 |
Em entrevista coletiva ontem (9) para detalhar o programa, ele reafirmou que a
prioridade do governo é preencher as vagas com profissionais brasileiros.
"Estamos deixando claro que o programa não vai tirar vagas de médicos
brasileiros, pelo contrário, vai gerar mais empregos para esses profissionais.
Com os investimentos de mais de R$ 7 bilhões em infraestrutura que já estão em
andamento, e mais de R$ 5 bilhões previstos, serão abertos 35 mil postos de
emprego nessa área no Brasil", disse.
Padilha acrescentou que, ao avançar no tema, o governo está "enfrentando
tabus", como a ideia de que sobram médicos no Brasil e que o problema é a
distribuição. "Estamos mostrando, com dados concretos, que faltam médicos no
Brasil, não só na comparação com países europeus, mas com países aqui do lado,
como a Argentina e o Uruguai", disse, enfatizando que países desenvolvidos que
implantaram programas semelhantes também enfrentaram resistência em um primeiro
momento.
Dados do ministério apontam que há no Brasil 1,8 médico por mil habitantes,
enquanto na Argentina a proporção é 3,2; no Uruguai, 3,7; em Portugal, 3,9; e no
Reino Unido, 2,7.
"Vamos continuar dialogando [com os profissionais], montamos um grupo de
trabalho com entidades médicas, mas a questão é que faltam médicos no Brasil e a
culpa não é dos médicos brasileiros. Mas o único interesse que temos que
observar são as necessidades de saúde da população", acrescentou.
Fonte Agência Brasil
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