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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pílulas monitoram pacientes

Foto: Reprodução
Algumas pessoas já as estão ingerindo para monitorar uma série
de dados de saúde e compartilhá-los sem fio com o médico
Elas parecem pílulas normais: são alongadas e um pouco menores que uma vitamina diária. E enquanto a sociedade debate as implicações para a privacidade do Google Glass, elas poderão representar a próxima onda da computação, ainda mais invasiva: computadores e sensores para ser engolidos, dentro de pílulas.
 
Algumas pessoas já as estão ingerindo para monitorar uma série de dados de saúde e compartilhá-los sem fio com o médico. Protótipos de dispositivos que podem ser engolidos também permitem fazer outras coisas, como abrir automaticamente portas de carros ou preencher senhas.
 
Para pessoas em profissões radicais, como viagens espaciais, versões dessas pílulas já são usadas há algum tempo. Mas médicos de família também poderão usá-las em breve. No interior das pílulas há diminutos sensores e transmissores. Engolidos com água, os dispositivos podem chegar ao estômago e se manter intactos enquanto percorrem o aparelho digestivo.
 
"Você vai tomar uma pílula -voluntariamente, posso acrescentar- que você pensa que é uma pílula, mas na verdade é um robô microscópico que vai monitorar seu corpo", disse no último outono Eric E. Schmidt, presidente-executivo do Google. "Se isso fizer a diferença entre a saúde e a morte, você vai querê-la."
 
Uma pílula, feita pela Proteus Digital Health, usa o corpo como fonte de energia. Assim como uma batata pode acender uma lâmpada elétrica, a Proteus acrescentou magnésio e cobre de cada lado de seu pequeno sensor, que gera eletricidade suficiente utilizando os ácidos do estômago.
 
Foto: Reprodução
Pílula Proteus
Quando uma pílula Proteus atinge o fundo do estômago, envia informação para um aplicativo de celular por meio de um adesivo pregado ao corpo. Ele pode rastrear a ingestão de medicamentos e monitorar como o corpo do paciente reage a eles.
 
Executivos da empresa, que recentemente levantou US$ 62,5 milhões com investidores, dizem acreditar que as pílulas vão ajudar pacientes com problemas físicos e neurológicos. As pessoas com dificuldades relacionadas a problemas cardíacos poderão monitorar o fluxo sanguíneo e as que têm problemas no sistema nervoso, incluindo esquizofrenia e doença de Alzheimer, poderão tomar pílulas para monitorar sinais vitais. O Departamento de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA) aprovou a pílula Proteus no ano passado.
 
Uma pílula feita pela HQ Inc. tem uma bateria embutida e transmite sem fio a temperatura do corpo. Lee Carbonelli, diretora de marketing da HQ, disse que a companhia espera em breve ter uma versão de consumo com um aplicativo para smartphone.
 
As futuras gerações de pílulas poderão ser usadas para conveniência. Em uma conferência em maio, Regina Dugan, da Motorola Mobility, mostrou um exemplo. Depois que a pílula é ingerida, "todo o seu corpo se torna seu dispositivo de autenticação", disse Dugan. Você se senta no carro e o motor liga. Você toca a maçaneta da porta de sua casa e ela se abre.
 
Mas as implicações de privacidade desse tipo de computação são enormes. "Essa é uma tecnologia que dá opções maravilhosas e opções terríveis", disse John Perry Barlow, da Electronic Frontier Foundation, grupo de defesa da privacidade.
 
"O maravilhoso é que há um grande número de coisas que você quer saber sobre si mesmo constantemente, principalmente se você for diabético ou sofrer de outra doença, por exemplo. O terrível é que as empresas de seguro-saúde poderão conhecer o funcionamento interno do seu corpo."
 
Há uma última questão sobre essa pequena pílula. Depois que ela fizer seu trabalho, o que acontece? "Ela passa naturalmente pelo corpo em cerca de 24 horas", disse Carbonelli, mas, como cada uma custa US$ 46, "algumas pessoas preferem reutilizá-las".
 
Fonte Folhaonline

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