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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Seis hospitais da capital gaúcha e uma única central de lavagem

Foto: Reprodução
Instituições de Porto Alegre se uniram e compraram a planta e equipamentos de tradicional lavanderia da região e, agora, administram, de acordo com a necessidade de cada um, a própria central de lavagem
 
A lavanderia, uma das poucas com capacidade de suprir a demanda hospitalar de Porto Alegre (RS), anuncia que vai fechar as portas. Problema? Solução. Isso porque seis hospitais da capital gaúcha se uniram, compraram a planta e os equipamentos da empresa e agora administram, juntos e de acordo com a necessidade de cada um, a própria central de lavagem.
 
A iniciativa começou com a criação, no final do ano passado, da Associação de Hospitais de Porto Alegre, fundada por Grupo Hospitalar Conceição, Divina Providência, Mãe de Deus, Ernesto Dornelles, São Lucas da PUC e Hospital de Clínicas de Porto Alegre– o corpo diretor conta com um representante de cada membro. E a primeira ação do sexteto foi em torno da compra da então Ecoclean e gestão da agora lavanderia da AHPA, inaugurada em maio. Depois, a tendência é que eles sigam tomando ações em conjunto no que diz respeito a fatores comuns que não incitam a concorrência, como o trabalho de manutenção predial ou o fracionamento de medicamentos.
 
A aquisição da lavanderia marca o primeiro passo da Associação dos Hospitais de Porto Alegre, que vinham observando dilemas semelhantes na área de higienização de têxteis. E a união dos seis hospitais passa por situações diferentes em cada uma das gestões.
 
O Conceição, por exemplo, é um dos três (Mãe de Deus e Ernesto Dornelles também) que lava 100% do material (11 toneladas/dia) na ex-lavanderia Ecoclean, hoje AHPA. Os outros enviam – ou enviarão – apenas uma parcela da demanda.

“Identificamos que o Conceição vai utilizar X da capacidade, o outro Y, o outro Z, e a partir disso a gente fez uma proporção para a aquisição. Para a lavagem propriamente dita, teremos o mesmo preço para todos e a valores de custo”, conta o presidente da AHPA e diretor-superintendente do Conceição, Carlos Eduardo Nery Paes.

 Assim, os valores não variam mais de acordo com o contrato que o hospital estabelecia com a lavandeira. Todos trabalham com o mesmo preço e, como a companhia não tem fins lucrativos, o capital será revertido em investimento. “Agora temos a certeza que a lavanderia vai trabalhar na qualidade máxima e que não teremos disputa por valores, já que só é cobrado o custo operacional”, completa Nery Paes.
 
A Ecoclean optou por atuar em novos segmentos e tanto a planta quanto os equipamentos da lavanderia foram comprados pelos seis hospitais que investiram proporcionalmente ao uso de cada um e têm, a partir de agora, preços de custo iguais para todos os seis sócios. Tem capacidade de lavar 25 toneladas por dia e possui espaço físico para uma ampliação prevista para os próximos anos.
 
Ligado às unidades de ensino da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Clínicas tem uma área construída de 128 mil m², um total de 795 leitos e 33 salas de centros cirúrgicos. Possui uma lavanderia própria, na sede do complexo hospitalar, de 1400 m² e 116 funcionários que trabalham 24 horas para dar conta de uma demanda de 8 toneladas de roupa por dia.
 
Hospital de Clínicas
de Porto AlegreO Clínicas vive uma situação diferente na sociedade montada em prol da lavanderia: foi um investidor do projeto, mas ainda não está utilizando o serviço. “Temos uma lavanderia própria onde passam 8 toneladas de roupas. Mas como temos a previsão de duplicar nossa área construída, já sabemos que nossa lavanderia está no limite e não será suficiente para um prazo de um ano”, explica a vice-presidente do hospital e diretora da AHPA, Tanira Torelly.

 A operação foi vantajosa para o Clínicas porque agora, com o modelo de sócio-proprietário da lavanderia, a lavagem a preço de custo dá tranquilidade para que o hospital comece a terceirizar o serviço muito em breve.
 
“A tendência é essa (terceirização da lavagem). Porque os hospitais aumentam os leitos, as atividades, mas não funcionam sem lavanderia, que é um processo que precisa trabalhar 24h, com funcionários num ritmo pesado. Então a tendência é buscar isso fora, e a gente já se adiantou nesta iniciativa pioneira”, acrescenta.
 
Como o Clínicas ainda não está utilizando as máquinas da lavanderia da AHPA, o hospital não gasta nada com o empreendimento, já que a única injeção de recursos se deu no início deste ano, com a compra da planta e das máquinas. Quando passar a usar os serviços, pagará por tonelada de roupa lavada, que deve ter um aumento gradual assim que o hospital superar as atuais 8 toneladas de tecidos.
 
Fonte SaudeWeb

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