A menos de um mês para a entrada em vigor da norma que baniu dos cigarros
aditivos como mentol e cravo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) publicou uma lista de 121 substâncias autorizadas por um ano, até a
conclusão de uma nova avaliação.
Constam na lista, por exemplo, extratos de café, ameixa seca, figo, mate,
alcaçuz e mimosa; óleos de camomila, rosa, endro, patchouli e sândalo amarelo; e
substâncias como maltol, ácido cítrico e benzoato de benzila.
Em março 2012, a agência vetou o uso de aditivos ao fumo de forma geral. A
regra passa a valer em setembro para a indústria, mas produtos em estoque podem
ser comercializados até março de 2014.
Em julho deste ano, atendendo a parte de um pedido da indústria de fumo, a
Anvisa autorizou o uso temporário de uma lista de substâncias que não dão sabor
característico ao cigarro --como mentol e cravo, que continuam vetados. Durante
um ano, essa lista será estudada por uma comissão independente. E, ao final do
prazo, a Anvisa dará novo parecer sobre as 121 substâncias.
A decisão da diretoria Anvisa não foi unânime e contrariou o parecer da área
técnica da agência, que opinou pelo veto integral à lista, pois as substâncias
poderiam atuar no cigarro de diferentes formas para melhorar sua palatabilidade
e atratividade.
Segundo disseram dois diretores da Anvisa à Folha, as substâncias autorizadas
temporariamente estavam, sim, vetadas pela decisão de março de 2012. A norma
previa, no entanto, que a liberação de grupos de aditivos poderia ser analisada
pela agência desde que a pedido --o que foi feito pela indústria.
Folhaonline
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