Matheus Britto/AImagem/Futura Press
Médicos cubanos desembarcam em Recife
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"Fomos agredidos, mas vamos cumprir nossa missão aqui no Brasil de atender bem a população carente", disse assustado, nesta terça-feira (27) um dos 70 médicos cubanos hostilizados por médicos cearenses, na noite de segunda-feira (26), na saída da aula inaugural do treinamento de 96 médicos formação estrangeira, na Escola de Saúde Pública do Ceará, em Fortaleza.
Os cubanos foram chamados de "escravos" e "incompetentes" e tiveram que passar por um corredor humano, onde os cearenses gritaram palavras de ordem como "Revalida", "Incompetentes" e "Voltem para senzala". "Aceitei vir para o Brasil para ajudar a população, mas agora só pretendo ficar os três anos da missão e voltar a Cuba. Tão logo termine o trabalho no Brasil retorno a Cuba, porque é em Cuba que tenho meu trabalho e minha família", afirmou o médico, que pediu para não ser identificado com medo de mais represália dos cearenses.
Segundo ele "nós somos trabalhadores da saúde que lutamos pelas pessoas enfermas que procuram melhorias na sua saúde". O cubano antes de vir para o Brasil passou quatro anos em missão no Haiti.
O secretário nacional de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro também foi agredido pelos cearenses. "O que eles fizeram foi um ato de truculência, violência, racismo, xenofobia e preconceito", reclamou. Odorico levou ovo na jaleco que vestia do Sistema Único de Saúde (SUS) e foi seguido pelos manifestantes até o carro com gritos de "Fora Odorico".
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