Brasília - Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República,
Gilberto Carvalho, é justo que o povo cubano receba parte destinada ao pagamento
dos médicos cubanos, pois, segundo ele, o governo da ilha investiu muito na
formação desses profissionais. “Nós entendemos que é justo que o povo cubano,
que se sacrificou pela formação desses médicos, tenha também a possibilidade de
aferir dos rendimentos que esses médicos vão ter no país. É uma questão entre os
médicos e o país”, disse Carvalho.
Os médicos cubanos vêm atuar no Brasil em regime diferente dos que se
inscreveram individualmente no Mais Médicos. O Ministério da Saúde brasileiro
firmou acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para que a
entidade internacional buscasse parcerias para a vinda de médicos para o país.
Dessa forma, a Opas fez acordo com Cuba, prevendo inicialmente a vinda de 4 mil
médicos cubanos. Os primeiros 400 profissionais do acordo a chegarem no país vão
atuar em parte das 701 cidades que não receberam inscrições individuais de
médicos.
No acordo, os repasses financeiros serão feitos do Ministério da Saúde para a
Opas, da Opas para o governo cubano, que pagará os médicos. Inicialmente nem a
Opas e nem o Ministério da Saúde souberam especificar quanto dos R$ 10 mil pagos
por médico será repassado para os profissionais, porém, o secretário adjunto de
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando
Menezes, disse depois que a remuneração ficaria entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil.
A Presidência da República convidou cerca de 50 movimentos sociais para
apresentar na tarde de ontem (28) o Programa Mais Médicos. “É importante que essa
informação chegue às pessoas e que elas possam se posicionar. Nós fazemos um
apelo para que as pessoas, à medida que elas conheçam o programa, o defendam”,
disse o ministro.
Para Carvalho, pode haver uma falta de informação sobre a importância da
vinda dos médicos estrangeiros para o país. Carvalho diz que a forma com que os
médicos cubanos foram recebidos pelos profissionais brasileiros pode ter uma de
carga de preconceito e que eles vêm ajudar quem os médicos brasileiros se
recusaram a ajudar. “Aqueles que estão vaiando se negaram a fazer o trabalho que
esses [os médicos estrangeiros] vão fazer nos recantos do país”, disse Carvalho.
Agência Brasil
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