
Um exame de sangue capaz de detectar lesões precoces em órgãos transplantados pode permitir uma intervenção terapêutica mais oportuna em pacientes que receberam transplantes e, assim, ajudar a evitar mais danos.
O novo método, criado por pesquisadores da University Medical Center Göttingen, na Alemanha, usa a tecnologia Droplet Digital PCR (ddPCR?) para superar os obstáculos de testes anteriores, que eram tanto demorado quanto dispendiosos.
Pacientes de transplante são frequentemente sujeitos a rejeição de órgãos: a rejeição aguda de transplantes de fígado nos três anos seguintes é de quase 22%, enquanto o risco de rejeição de coração e pulmão é de cerca de 50%. Além disso, quase a metade de todos os transplantes de rins falha dentro de 10 anos.
DNA livre de células derivado do enxerto (GcfDNA) na circulação dos receptores de transplante é um biomarcador potencial de rejeição. No entanto, as tentativas anteriores para determinar GcfDNA, que requerem o sequenciamento paralelo do DNA do doador e do receptor, são caros e requerem um tempo longo de recuperação.
A equipe, então, desenvolveu um novo método na tentativa de solucionar estes inconvenientes.
Os pesquisadores aplicaram a tecnologia ddPCR? para quantificar o cfDNA em pacientes recentes de transplante hepático e em pacientes estáveis submetidos a um procedimento de transplante há mais de seis meses antes.
A tecnologia ddPCR lhes permitiu desenvolver um teste de laboratório de baixo custo e rápido, que detecta cfDNA sendo liberado na corrente sanguínea por células do órgão transplantado que estão morrendo.
"GcfDNA de células do enxerto que estão morrendo é o indicador mais direto e sensível da rejeição de órgãos e precisávamos de um instrumento que pudesse medir isso.DdPCR acrescentou um nível adicional de confiabilidade e precisão ao tradicional PCR", afirma o autor sênior do estudo Ekkehard Schuetz.
A equipe acredita que, agora, será capaz de detectar a rejeição subclínica e realizar a intervenção precoce capaz de evitar uma rejeição total. Este teste pode ser útil para personalizar imunossupressão e para melhorar os resultados a longo prazo", destacam os autores.
isaude.net
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