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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Entenda o que é a fadiga crônica

Entenda o que é a fadiga crônica Stock Images/Stock Images
Na maioria das vezes, o diagnóstico da fadiga crônica é feito por
 exclusão e sabe-se também que acomete mais mulheres
Estudos mostram que os sintomas na maioria das vezes são prolongados e podem durar de 37 a 56 meses
 
A síndrome da fadiga crônica (SFC) é uma doença complexa que já recebeu nos dois últimos séculos várias denominações: neurastenia, síndrome da fadiga pós viral, encefalomielite miálgica e mononucleose crônica. Alguns autores classificam o problema como uma enfermidade da mesma família que a fibromialgia, a síndrome do intestino irritável e o distúrbio do estresse pós-traumático.
 
Atualmente, a fadiga crônica tem sido entendida como uma doença bastante incapacitante, pouco conhecida, com incidência de 1% na população, mas com estimativas superiores quando se usam modelos diagnósticos menos rígido , em geral com bom prognóstico e sobretudo sub-diagnosticada ( 80% dos pacientes não tem diagnóstico). Ela se caracteriza por fadiga em período igual ou superior a seis meses acompanhando pelo menos quatro dos seguintes sintomas abaixo segundo a orientação da International Chronic Fatique Syndrome Study Group (ICFSSG):
 
— Sono não reparador
 
— Dores musculares
 
— Dores em várias articulações, mas sem sinais inflamatórios (reumáticos)
 
— Dor de cabeça
 
— Dor de garganta
 
— Gânglios dolorosos e inflamados
 
— Alteração da memória recente
 
— Alteração da concentração
 
— Fraqueza intensa que persiste por 24 horas após atividade física.
 
— Cefaleia recorrente
 
— Febre baixa
 
— Alterações do sono (Hipersonia ou insônia)
 
Na maioria das vezes, seu diagnóstico é feito por exclusão e sabe-se também que acomete mais mulheres (sobretudo brancas e jovens) que homens e alguns estudos mostram que os sintomas na maioria das vezes são prolongados, podendo durar de 37 a 56 meses.
 
Infelizmente esta moléstia é pouco diagnosticada na maioria das vezes, sendo atribuído a vida agitada, estresse, dietas inadequadas e sedentarismo como raiz do problema, o que apenas retarda o diagnóstico e inicio do tratamento.
 
Os tratamentos até o momento propostos seguem as recomendações da ICFSSG e se baseiam na redução e se possível na eliminação dos sintomas. Atividade física leve e suportável é desejável e mudança no estilo de vida evitando tarefas exaustivas (mentais e físicas) parece bastante razoável, além de medidas antiestresse.
 
Os resultados irão depender das respostas individuais, levando em conta que existe um tempo de restabelecimento normal das glândulas suprarrenais, sensíveis aos diversos níveis de estresse, capaz de reduzir a capacidade funcional do sistema imunológico por aumento ou por diminuição da liberação do cortisol, agudo ou crônico.
 
A fadiga crônica parece estar bastante relacionada a estas duas formas de estresse sendo que na fase aguda existe óbvia ação mais intensa do cortisol e o indivíduo está mais suscetível a infecções enquanto nas formas mais crônicas, surgem fenômenos inflamatórios e auto imunológicos onde a síntese do glicocorticoides pela suprarrenal já está pouco comprometida.
 
O assunto ainda é bastante controverso e carece de maiores investigações para se transformar em um tratamento padrão, sendo, atualmente, individualizado e personalizado, atendendo às necessidades peculiares de cada paciente, onde, o correto diagnóstico e o início precoce do tratamento oferece melhora na qualidade devida das pessoas, desde a fase inicial de tratamento.

Zero Hora

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