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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Para ficarem livres do fumo, hospitais orientam funcionários

Roberto Custódio/JL / Bitucas recolhidas durante a manhã de ontem na parte externa do HU
Roberto Custódio/JL
Bitucas recolhidas durante a manhã de ontem na parte externa do HU
No Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, unidades de saúde ainda lutam para reduzir o número de fumantes entre funcionários e usuários     
 
No Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, comemorado ontem, o Hospital Universitário de Londrina (HU) faz campanha de conscientização sobre os malefícios do cigarro junto à sua população interna: mais de 5 mil pessoas entre servidores, pacientes, acompanhantes, alunos e professores. Não há uma estatística, mas muitas destas pessoas fumam no ambiente que por excelência cuida da saúde. "Os fumantes utilizam a área externa do hospital, na área interna ninguém fuma", esclarece a enfermeira Márcia Pizzo, chefe de Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade UEL (DASC) e coordenadora do Ambulatório do Tabagismo do Hospital de Clínicas (HC) da UEL. "Mas queremos um HU 100% livre do tabagismo."
 
Márcia não tem números de Londrina, mas afirma que no Brasil 30,6 milhões de pessoas - 16% da população adulta - são fumantes. A campanha interna do HU vai abordar as pessoas com informações sobre a quantidade de mortes por causa do tabagismo, o número de doenças que decorrem deste hábito, os danos do vício e os ganhos que têm aqueles que o deixam.

Segundo a enfermeira, no Brasil 200 mil pessoas morrem todos os anos por causa de males provocados pelo tabagismo, que é responsável por mais de 50 tipos de doenças. Vinte e cinco por cento dessas mortes são por complicações no coração e 85% por bronquite e enfisema. Márcia destaca ainda que 90% dos casos de câncer no pulmão decorrem do cigarro e 30% das mortes provocadas por outros tipos de câncer acontecem em decorrência do fumo.
 
"Quem fuma tem 10 vezes mais chance de ter câncer de pulmão, cinco vezes mais chances de sofrer infarto, cinco vezes mais probabilidade de ter bronquite crônica e enfisema pulmonar e duas vezes mais chances de ter derrame cerebral", alerta.
 
Além do mural informativo e dos panfletos que serão distribuídos, essas informações serão passadas também por meio do sistema de som. O impacto do cigarro no meio ambiente também estará em foco. Um grupo de servidores, auxiliado por alunos de Farmácia, também fará um mutirão para retirada de todas as bitucas de cigarro que são jogadas diariamente na área externa do hospital. "O cigarro contém 4.720 substâncias tóxicas que [por meio das bitucas jogadas no chão] contaminam o meio ambiente. Queremos limpar o hospital deste lixo tóxico", diz Márcia.
 
Os fumantes dentro dos hospitais também preocupam a Santa Casa de Londrina. Grande parte dos 1.500 funcionários também é fumante. Assim como eles, pacientes e acompanhantes também fumam diariamente na área externa do hospital.

A analista de Recursos Humanos da Santa Casa, Renata Gusmão, afirma que algumas ações estão sendo desenvolvidas para incentivar os funcionários a largarem o vício. "Ainda estamos iniciando, mas temos alguns projetos."
 
Além de murais com informações sobre os malefícios do cigarro, Renata diz que está sendo estudada uma parceria com grupo da Secretaria de Saúde que atua nesta área para dar palestras sobre o tema na Santa Casa.
 
Jornal de Londrina

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