Imprudência é a principal causa de acidentes com motos |
Um estudo inédito apurou os principais fatores que causam os acidentes com motociclistas na cidade de São Paulo. A pesquisa foi realizada pela universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) e a Abraciclo, a entidade que reúne os fabricantes de motocicletas e Similares. A averiguação chegou a alarmantes conclusões sobre a imprudência dos motoristas e motociclistas, com atenção especial ao abuso de drogas.
Para realizar a pesquisa, foram coletados dados de 326 motociclistas acidentados na Zona Oeste da capital paulista, em um período entre fevereiro e maio deste ano.
O levantamento incluiu até as vias onde ocorreram os acidentes e foram até o local averiguar as condições da área. Esta foi a primeira vez no Brasil que os acidentados passaram por complexos exames de drogas capazes de identificar mais de 30 tipos de substâncias.
E o resultado do estudo é alarmante: mais de um quinto dos envolvidos em acidentes de motos sequer possuíam habilitação. Na mesma proporção estão os que fizeram uso de álcool ou substâncias ilícitas antes de conduzir o veículo.
O fator imprudência, no qual andar sem habilitação ou sob efeito de substâncias que adulteram o comportamento fazem parte de quase 90% dos acidentes apurados.
Imprudência, por sinal, é a palavra-chave quando se trata de acidentes de motocicletas na cidade de São Paulo. Andar sem capacete ainda significa uma parcela alta dos acidentados e chega a 9,8%. O traje completo de segurança, que conta também com bota e jaquetas especiais, estava presente em apenas 17,8% dos entrevistados.
Outros resultados do estudo chegaram a conclusões interessantes. Os motofretistas, mais conhecidos como “motoboys”, representam uma parcela de 23% dos entrevistados. A grande maioria dos motociclistas que fez parte da pesquisa é de pessoas que utilizam a moto como meio de transporte para ir e voltar do trabalho ou faculdade, por exemplo. Resultado este de uma cidade que sofre com o excesso de trânsito e peca no transporte coletivo, isso sem mencionar a falta de acessibilidade aos ciclistas.
Outros resultados do estudo chegaram a conclusões interessantes. Os motofretistas, mais conhecidos como “motoboys”, representam uma parcela de 23% dos entrevistados. A grande maioria dos motociclistas que fez parte da pesquisa é de pessoas que utilizam a moto como meio de transporte para ir e voltar do trabalho ou faculdade, por exemplo. Resultado este de uma cidade que sofre com o excesso de trânsito e peca no transporte coletivo, isso sem mencionar a falta de acessibilidade aos ciclistas.
A cidade de São Paulo tem uma frota de quase um milhão de motocicletas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Para evitar tantos acidentes não existe uma solução simples. No entanto, o estudo chega a algumas conclusões para combater tais infortúnios:
1. Criação de um sistema de informações comum sobre acidentes de trânsito que seja a base para implantação e avaliação das políticas pública de prevenção.
2. Melhora da habilitação dos condutores de todos os veículos com ênfase na segurança, direção defensiva e uso compartilhado das vias.
3. Fiscalização efetiva das condições de segurança dos motociclistas e das motocicletas.
4. Menos leis e mais ações no combate à questão das drogas/ álcool e direção veicular.
5. Melhorar as condições de visibilidade do motociclista e motocicleta.
iG
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