Imagem: University of Michigan Técnica permite que o tumor (azul) seja distinguido do tecido normal (verde), com base em sinais fracos emitidos pelas estruturas celulares |
Tecnologia baseada em laser pode inaugurar uma nova era para cirurgia de tumor cerebral, permitindo que os cirurgiões diferenciem, com alta resolutividade, o tecido canceroso das partes saudáveis do cérebro durante a cirurgia. A nova tecnologia minimiza a possibilidade de que resquícios de células que poderiam gerar novos tumores fiquem para trás.
A sigla SRS, nome do novo procedimento, vem de Stimulated Raman Scattering (espalhamento estimulado de Raman), em homenagem ao indiano C.V. Raman, primeiro indiano a receber um Nobel e um dos autores do estudo que descobriu a técnica de espalhamento inelástico da luz através da matéria, base do novo estudo.
A técnica SRS detecta um sinal de luz refletido da matéria iluminada com laser não-invasivo. Ao analisar cuidadosamente o espectro de cores, os pesquisadores podem enteder melhor a composição química da amostra.
Os pesquisadores ampliaram em 10 mil vezes o efeito Raman possibilitando criar imagens multicoloridas de tecidos vivos ou de outros materiais.
A nova técnica permite criar 30 novas imagens a cada segundo, possibilitando a confecção de vídeos do tecido em tempo real.
A técnica foi usada com sucesso para distinguir tecido saudável do tumor no cérebro de ratos vivos e, em seguida, mostrou que o mesmo era possível no tecido removido de um paciente com glioblastoma multiforme, um dos tumores cerebrais mais mortais.
Pacientes diagnosticados com glioblastoma multiforme vivem em média 18 meses após o diagnóstico. A cirurgia é um dos tratamentos mais eficazes para tais tumores, mas menos de 25% da operações atingem resultados satisfatórios.
"Embora a cirurgia de tumor cerebral tenha avançado em muitos aspectos, os índices de sobrevivência para muitos pacientes ainda são pequenos, em parte porque os cirurgiões não podem ter certeza de terem removido todo o tecido do tumor antes de encerrar a operação diz coautor do estudo Daniel Orringer, professor do Departamento de Neurocirurgia da University of Michigan (UM). "Com o SRS podemos ver algo que é invisível ao microscópio cirúrgico convencional."
"Embora a cirurgia de tumor cerebral tenha avançado em muitos aspectos, os índices de sobrevivência para muitos pacientes ainda são pequenos, em parte porque os cirurgiões não podem ter certeza de terem removido todo o tecido do tumor antes de encerrar a operação diz coautor do estudo Daniel Orringer, professor do Departamento de Neurocirurgia da University of Michigan (UM). "Com o SRS podemos ver algo que é invisível ao microscópio cirúrgico convencional."
Isaude.net
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