O número de adolescentes americanos que usaram cigarros eletrônicos dobrou em
2012 em relação ao ano anterior, segundo relatório dos Centros de Controle e
Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).
Esses dispositivos, que funcionam à bateria, imitam a aparência do cigarro
tradicional, mas têm um refil com uma solução de nicotina, que é vaporizada e
inalada.
Segundo o levantamento, 10% dos estudantes do ensino médio relataram usar o
dispositivo em 2012, contra 4,7% em 2011. Cerca de 3% disseram ter usado um nos
últimos 30 dias. No total, 1,8 milhões de estudantes usaram o produto em 2012.
De acordo com os CDC, esses adolescentes podem estar a caminho do tabagismo
--76,3% dos estudantes que usaram cigarro eletrônico nos últimos 30 dias também
fumaram cigarros convencionais.
"A nicotina é uma droga muito viciante. Muitos adolescentes que começaram com
cigarros eletrônicos podem estar condenados a lutar ao longo da vida contra o
vício", disse Tom Frieden, diretor dos CDC.
Pesquisadores atribuem o crescimento no uso às agressivas campanhas
publicitárias veiculadas no país. Além disso, os cigarros eletrônicos têm sabor,
o que é proibido nos cigarros tradicionais desde 2009 nos EUA.
Doze Estados americanos já têm leis que impedem as vendas dos dispositivos a
menores de idade, entre eles Califórnia, Colorado e Minnesota. Há dois anos, a
FDA (agência reguladora dos EUA) anunciou que planejava regulamentar os cigarros
eletrônicos, mas ainda não o fez.
Os dispositivos são promovidos como uma alternativa para quem quer parar de
fumar, mas tanto os CDC quanto a FDA alertam que não existem evidências
conclusivas nesse sentido.
Folhaonline
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