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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Uso de cigarro eletrônico por adolescentes dobra nos EUA

O número de adolescentes americanos que usaram cigarros eletrônicos dobrou em 2012 em relação ao ano anterior, segundo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).
 
Esses dispositivos, que funcionam à bateria, imitam a aparência do cigarro tradicional, mas têm um refil com uma solução de nicotina, que é vaporizada e inalada.
 
Segundo o levantamento, 10% dos estudantes do ensino médio relataram usar o dispositivo em 2012, contra 4,7% em 2011. Cerca de 3% disseram ter usado um nos últimos 30 dias. No total, 1,8 milhões de estudantes usaram o produto em 2012.
De acordo com os CDC, esses adolescentes podem estar a caminho do tabagismo --76,3% dos estudantes que usaram cigarro eletrônico nos últimos 30 dias também fumaram cigarros convencionais.
 
"A nicotina é uma droga muito viciante. Muitos adolescentes que começaram com cigarros eletrônicos podem estar condenados a lutar ao longo da vida contra o vício", disse Tom Frieden, diretor dos CDC.
 
Pesquisadores atribuem o crescimento no uso às agressivas campanhas publicitárias veiculadas no país. Além disso, os cigarros eletrônicos têm sabor, o que é proibido nos cigarros tradicionais desde 2009 nos EUA.
 
Doze Estados americanos já têm leis que impedem as vendas dos dispositivos a menores de idade, entre eles Califórnia, Colorado e Minnesota. Há dois anos, a FDA (agência reguladora dos EUA) anunciou que planejava regulamentar os cigarros eletrônicos, mas ainda não o fez.
 
Os dispositivos são promovidos como uma alternativa para quem quer parar de fumar, mas tanto os CDC quanto a FDA alertam que não existem evidências conclusivas nesse sentido.
 
Folhaonline

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