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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Sono regenera células de suporte do cérebro, diz estudo americano

Sono aumenta a reprodução das células que formam a mielina
Sono aumenta a reprodução das células que formam a mielina
Pesquisa aponta para células que formam a mielina e levanta a possibilidade da falta de sono estar ligada à esclerose múltipla
 
Cientistas da Universidade de Wisconsin (EUA) descobriram que o sono aumenta a reprodução das células que formam a mielina: material de isolamento encontrado nas projeções das células nervosas do cérebro e da medula espinhal, responsável pela proteção do circuito neural.

Estudos anteriores ao longo dos anos têm demonstrado que vários genes estão ligados enquanto dormimos e desligados durante a vigília (estado que antecede ao sono profundo). Mas, de acordo com os pesquisadores, a forma como o sono pode afetar certos tipos de células era desconhecida.

O novo estudo aponta para as oligodendrócitos. Estas células são responsáveis pela formação da mielina dentro de um cérebro saudável e em resposta à lesões. Os investigadores acrescentam, ainda, que a mielina é responsável por permitir que os impulsos elétricos passem de uma célula para outra, numa condição semelhante ao isolamento em torno de um fio elétrico."

O estudo foi desenvolvido em ratos, analisando a atividade dos gene das células oligodendrócitos no córtex cerebral durante o sono, comparando, em seguida, com a atividade de genes dos ratos que permaneceram acordados.

Os resultados mostraram que nos animais que dormiam, os genes foram ligados desencadeando a formação de mielina. Mas nos ratos que ficaram acordado, foram desencadeadas ações de genes envolvidos na morte celular.

Uma análise mais aprofunda mostrou que as células que se transformam em oligodendrócitos, chamadas de células precursoras de oligodendrócitos (OPCS), tiveram a produção dobrada durante o sono. Esta reprodução foi maior durante o período associado ao sonho (chamado de REM ou movimento rápido dos olhos).

De acordo com a responsável pelo estudo Chiara Cirelli, do Centro de Sono e Consciência da Universidade de Wisconsin, "durante muito tempo, os pesquisadores focaram seus estudos nas diferenças da atividade das células nervosas em animais acordados e durante o sono. Nosso estudo deixa claro que a forma como outras células de suporte do sistema nervoso operaram também influencia significativamente este processo."

A pesquisadora afirmou que os resultados podem sugerir que a falta extrema ou crônica de sono pode desencadear alguns sintomas associados à esclerose múltipla (EM), uma doença cerebral progressiva associada a danos de mielina. No entanto, ela acrescenta que são necessárias mais pesquisas para determinar se essa ligação existe.
 
Isaude.net

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