Brasília – Após passar por avaliação e por um período de ambientação nos
estados onde vão trabalhar, 2,1 mil profissionais com diploma estrangeiro do
Programa Mais Médicos iniciam ontem (4) o atendimento em unidades básicas de
Saúde. Esse grupo foi avaliado durante três semanas por professores de
universidades federais e teve testados os conhecimentos em língua portuguesa e
nos protocolos de atenção básica do Sistema Único de Saúde.
Os profissionais que começam a atuar hoje se juntam aos 1,5 mil médicos da
primeira etapa do programa que estão trabalhando em regiões carentes, segundo
balanço do Ministério da Saúde.
Esses profissionais da segunda etapa do Mais Médicos tiveram os registros
emitidos pelo Ministério da Saúde, conforme previsto em medida provisória
aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff.
Inicialmente, essa atribuição era do Conselho Federal de Medicina mas, após
polêmica e demora na concessão dos registros, a atribuição foi transferida do
órgão de classe, que ficará com a função de fiscalizar o trabalho dos
estrangeiros.
“A concessão do registro único pelo Ministério da Saúde evitou a polêmica da
concessão e tem permitido que os profissionais, assim que concluem o curso e
estejam aptos, possam começar a atender a população brasileira de modo que não
tenhamos problemas de continuidade no Mais Médicos”, disse o secretário de
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mozart Sales,
em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da EBC
Serviços, na última sexta-feira (1°).
A partir de hoje, também começam a desembarcar no Brasil mais 3 mil cubanos
que vão participar do Mais Médicos. O primeiro grupo, de 2,6 mil médicos, chega
até o dia 10 de novembro nas capitais, onde vai cursar o módulo de avaliação do
programa. Outros 400 chegam na semana seguinte. A previsão é que eles comecem a
atuar nos municípios em dezembro. Os cubanos participam do programa por meio de
cooperação firmada entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de
Saúde em agosto de 2013.
Lançado em 8 de julho, o Mais Médicos amplia o número de médicos nas regiões
carentes do país. Os profissionais recebem bolsa de R$ 10 mil por mês. Os
municípios são responsáveis por garantir alimentação e moradia aos
profissionais. Os brasileiros têm prioridade no preenchimento das vagas e as
remanescentes são oferecidas aos estrangeiros. De acordo com o secretário Mozart
Sales, a partir de dezembro serão reabertas as inscrições para profissionais
brasileiros. A estimativa do Ministério da Saúde é que o Programa Mais Médicos
chegue ao final de 2013 com mais de 6,6 mil profissionais.
Agência Brasil
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