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quinta-feira, 27 de março de 2014

Infecções hospitalares matam 200 pessoas por dia nos Estados Unidos

Infecções hospitalares matam 200 pessoas por dia nos Estados Unidos Marcos Porto/Agencia RBS
Foto: Marcos Porto / Agencia RBS
Muitas das infecções bacterianas podem ser prevenidas com
 o cumprimento de regras de higiene
De acordo com pesquisa, as infecções mais frequentes são pneumonia e as causadas por uma intervenção cirúrgica
 
Pessoas hospitalizadas nos Estados Unidos correm risco de contrair infecções associadas às condições sanitárias, que ainda matam cerca de 75 mil pacientes anualmente, informaram nesta quarta-feira autoridades americanas.
 
— Ainda que tenhamos tido avanços, todos os dias mais de 200 norte-americanos com infecções associadas às condições sanitárias morrem durante sua estadia no hospital — disse o diretor dos Centros Federais para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden.
 
Muitas das infecções bacterianas — que podem acarretar em complicações graves que vão de pneumonia a doenças do trato intestinal — poderiam ser prevenidas se os trabalhadores sanitários cumprissem regras de higiene banais, explicou Frieden.
 
— O cuidado médico mais avançado não funciona se os profissionais de saúde não prevenirem as infecções através de atitudes básicas como a lavagem frequente das mãos — afirma.
 
Os números, publicados no New England Journal of Medicine, foram retirados de uma pesquisa feita em 183 hospitais nos Estados Unidos, realizada em 2011. Durante o ano em questão, segundo a pesquisa conduzida pelo CDC, foram registradas 721,8 mil infecções em 648 mil pacientes hospitalizados. Destes, cerca de 75 mil morreram de infecções hospitalares.
 
As infecções mais frequentes foram pneumonia e as causadas por uma intervenção cirúrgica (ambas com 22%), seguidas das infecções gastrointestinais (17%), as do trato urinário (13%) e as da corrente sanguínea (10%).
 
Os agentes causadores destas infecções foram Clostridium difficile (12%), Staphylococcus aureus, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM (11%), Klebsiella (10%), E. coli (9%), Enterococcus (9 %), e Pseudomonas (7%).
 
O estudo também mostra uma diminuição de 4% no número de infecções causadas por SARM e de 2% nas provocadas por Clostridium difficile entre 2011 e 2012.
 
— Tais acontecimentos representam milhares de vidas poupadas e a prevenção de sofrimento nos pacientes, que também se traduz em menores custos em todo os Estados Unidos — avaliou Patrick Conway, diretor médico dos serviços Medicare e Medicaid, sistema de saúde pública do país.
 
AFP  / Zero Hora

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