Neuville-Sur-Saone - A Sanofi espera que os resultados finais de estudos para sua vacina contra a dengue cheguem ao final de setembro, disse à Reuters o líder do projeto da farmacêutica francesa, e já apostou em começar a produção apesar de alguns dados decepcionantes nos estudos iniciais.
A Sanofi já investiu mais de 1 bilhão de euros no projeto e espera se tornar a primeira fabricante de medicamentos a vender uma vacina do tipo no ano que vem, depois de duas décadas de pesquisa na doença tropical que cresce mais rapidamente no mundo e para a qual não há um tratamento preventivo.
A Sanofi Pasteur, a unidade de vacinas da farmacêutica francesa, fez uma grande aposta industrial: ela começou a produzir a vacina em julho do ano passado para manter uma vantagem sobre os concorrentes e assegurar que estará pronta para vender as doses, pressupondo que ela finalmente receba aprovação dos reguladores.
"Hoje estamos confiantes de que nossa vacina pode ter um impacto na saúde pública e estamos nos preparando para seu sucesso", disse Guillaume Leroy, que chefia o projeto de vacina contra a dengue na Sanofi Pasteur, em uma entrevista.
Leroy disse que os resultados de um teste clínico final com 30 mil crianças na América Latina e no sudeste asiático devem chegar a partir do meio do ano. Ele disse que assim que sua equipe consiga extrair descobertas preliminares confiáveis, eles começarão a revelar tais descobertas.
Até o final do terceiro trimestre, a Sanofi terá os resultados clínicos consolidados completos que espera apresentar em uma conferência sobre doenças tropicais em novembro.
Se os dados forem positivos, a Sanofi espera vender a vacina a partir de meados de 2015 em ao menos um país atingido pela doença, provavelmente um dos 10 que participaram dos testes.
"É difícil prever qual país será o primeiro, mas podemos imaginar facilmente que será um dos países maiores, como o Brasil, o México, a Malásia, talvez as Filipinas", disse Leroy.
A dengue infecta de 50 a 100 milhões de pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, mas alguns especialistas dizem que o número é três vezes maior.
Exame
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