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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Alergia ao anticoncepcional? Saiba como lidar com o problema

Embora seja um dos efeitos colaterais menos comuns deste medicamento, as reações alérgicas
reforçam a recomendação de que a escolha do método deve ser individualizada
Condição não é comum, mas existe e pode se manifestar em relação a diversas formas de uso do medicamento 

As alergias podem se manifestar em qualquer época da vida, basta que você tenha sido exposto à substância. Os anticoncepcionais não escapam disso. Embora seja um dos efeitos colaterais menos comuns deste medicamento, as reações alérgicas reforçam a recomendação de que a escolha do método deve ser individualizada.

A médica Rivia Lamaita, presidente do Comitê de Reprodução Humana da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), explica que as pílulas mais utilizadas são compostas por dois tipos de hormônio, o estrogênio e a progesterona. 

A quantidade e o tipo de estrogênio e progesterona variam, podendo se aproximar mais ou menos das substâncias produzidas naturalmente pelo organismo. E existem ainda as versões que utilizam apenas uma das substâncias, como a Gestodene, que não inclui o estrógeno e promete reduzir alguns efeitos colaterais do uso da pílula.

A especialista explica que é possível apresentar alergia ao composto oral e não manifestar a mesma reação ao tipo injetável, vaginal ou transdérmico (adesivo colado à pele). Se forem observados os sintomas mais comuns da farmacodermia – vermelhidão pelo corpo, coceira, brotoejas – há duas opções mais indicadas: optar por métodos não hormonais, como a camisinha e alguns tipos de dispositivos intra-uterinos (DIU); ou tentar outras versões do método contraceptivo. “Não é porque você já toma há bastante tempo que não corre o risco de desenvolver uma reação alérgica. E toda reação medicamentosa deve ser observada com cuidado”, aponta Rivia.

A médica explica que algumas pílulas mais novas utilizam compostos de estrogênio bem próximos ao que é produzido pela mulher, o que pode até reduzir a possibilidade de reação adversa, mas isso não quer dizer que as mais antigas são menos eficazes. “O que altera a eficácia são os erros no uso, principalmente a irregularidade, quando a mulher esquece de tomar em vários dias ao longo do mês. Mas o preço, por exemplo, não indica uma pílula mais ou menos eficaz. Um medicamento mais caro pode trazer consigo mais tecnologia associada, minimizando efeitos colaterais e aumentando a praticidade, mas o mais barato tem a mesma confiabilidade”, esclarece a especialista.

Mitos
A presidente do Comitê de Reprodução Humana da Sogimig relata que, apesar de as adolescentes e mulheres já chegarem ao consultório muito bem informadas sobre o uso da pílula e de outros métodos anticoncepcionais, alguns mitos permanecem. “O papel do médico é fundamental para instruir a forma correta de uso e o método mais indicado para cada uma”, ensina.

Um dos mitos mais comuns é de que a pílula atrapalha a fertilidade futura. “O uso prolongado do anticoncepcional não prejudica a capacidade de a mulher engravidar”, afirma a médica. Outro engano frequente é achar que, após interromper o uso da pílula, o organismo leva um tempo para se tornar apto à gestação. “Assim que o uso do medicamento é interrompido, a mulher está exposta ao risco da gravidez. No caso das versões injetáveis, pode haver um período de ação prolongado após a interrupção, mas isso só pode ser avaliado e informado pelo médico”, define Rivia.

Não só para tirar as dúvidas sobre uma possível reação alérgica, que povoam fóruns de sites médicos no Brasil e em vários países, como também por causa desses mitos, a escolha do melhor método contraceptivo não deve vir da indicação de amigas ou parentes, mas sim do ginecologista.

Saúde Plena

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