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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Depressão poderia causar demência, segundo estudo

Explicação estaria na inflamação de células do sistema imunológico causado por hiperatividade

Rio - Uma pesquisa publicada na revista Neurology desta semana pode abrir mais um caminho para explicação e até para o tratamento da demência. Além de fazer uma associação direta entre sintomas de depressão e a perda de memória como consequência, o estudo sugere que a inflamação causada pela hiperatividade de células seria o responsável por deprimir os pacientes.

Pesquisas anteriores já haviam correlacionado depressão e demência, mas nenhuma até então havia proposto uma explicação.

Só em 2013 foram 23 estudos nesta linha, que observaram cerca de 50 mil homens e mulheres mais velhos. A grande maioria das pesquisas notou que adultos mais velhos que sofriam de depressão eram duas vezes mais propensos a desenvolver demência e tinham 65% mais chances de desenvolver Alzheimer.

Mas o novo estudo, capitaneado pelo Centro de Medicina Integrativa Kaplan, foi além. Os pesquisadores analisaram 1.764 pessoas sem problemas de memória em torno de 77 anos e os acompanharam por cerca de oito anos. Eles descobriram que as pessoas com declínio cognitivo leve e pessoas com demência eram propensos a ter níveis mais elevados de sintomas de depressão antes que eles fossem diagnosticados. Sintomas de depressão, os investigadores estimaram, seriam responsáveis por 4,4% de diferença em diminuição da memória que não poderia ser causada por danos cerebrais.

E haveria ainda uma explicação. De acordo com os cientistas, isso aconteceria porque a inflamação causada pela hiperatividade das células do sistema imunológico poderia impedir o fluxo de sangue, impactando as vias neurais do cérebro. O estudo entende a depressão como um sintoma de inflamação no sistema nervoso, e não uma doença em si, o que a tornaria administrável. É também possível que a depressão também aumente o stress ao cérebro, o que poderia desempenhar um papel em sua deterioração.

Se estiver correta, a pesquisa poderia abrir um caminho para o tratamento da depressão, reduzindo o risco de demência.

O Globo

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