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Fêmea do mosquito do gênero Anopheles é responsável por
transmitir a malária
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Cientistas encontraram protozoários resistentes à substância artemisinina no Camboja, Tailândia, Vietnã e Mianmar
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira no periódico New England Journal of Medicine constatou
que cresceu a resistência da malária à substância mais efetiva contra a
doença, a artemisinina, em regiões da Ásia e da África.
De acordo com o Global Burden of Disease, um estudo que estima o
impacto de diversas doenças ao redor do mundo, a malária infectou 165
milhões de pessoas e matou 855 000 em 2013. A doença é causada por
quatro principais protozoários do tipo plasmódio e tem como vetor o
mosquito do gênero Anopheles. No Brasil, o mais comum causador da
enfermidade é o Plasmodium vivax.
No atual estudo, cientistas analisaram amostras de sangue de 1 241
pessoas de dez países asiáticos e africanos infectados pela malária,
entre maio de 2011 e abril de 2013. Os pacientes receberam um tratamento
de seis dias, sendo três com um derivado da artemisinina e outros três
com a substância em si.
Resistência na Ásia
Ao analisar as taxas de eliminação dos parasitas após o tratamento, os pesquisadores constataram que o Plasmodium falciparum,
o mais mortal dos tipos de malária, está resistente à artemisinina em
algumas partes do Camboja, Tailândia, Vietnã e Mianmar. Não foram
detectados sinais de resistência à substância no Quênia, Nigéria e
República Democrática do Congo.
Depois da medicação, o tempo de meia-vida (período em que a
quantidade de parasitas no sangue cai pela metade) foi de quase duas
horas na República Democrática do Congo e de sete horas na fronteira da
Tailândia com o Camboja, onde a resistência ao medicamento é conhecida
desde 2005. A quantidade de pacientes com parasitas no sangue 72 horas
após o tratamento variou de 0% no Quênia a 68% no leste da Tailândia.
O estudo sugere que o tratamento seja estendido nas áreas com
resistência estabelecida — de três dias, o convencional, para seis.
“Precisamos tomar ações mais radicais e tornar o combate à malária uma
prioridade na saúde pública mundial, sem demora”, diz Nicholas White,
líder do estudo, professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
Brasil
Segundo a Worldwide Antimalarial Resistance
Network in Latin America, até o momento não há evidência de que a
resistência do protozoário Plasmodium falciparum à artemisinina tenha chegado ao Brasil.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Spread of Artemisinin Resistance in Plasmodium falciparum Malaria
Onde foi divulgada: periódico New England Journal of Medicine
Quem fez: Elizabeth A. Ashley Mehul Dhorda, Rick M. Fairhurst, Chanaki Amaratunga, Parath Lim, entre outros
Instituição: Universidade de Oxford, na Inglaterra, entre outras
Resultado: O parasita Plasmodium falciparum, o mais mortal dos tipos de malária, é resistente à artemisinina em algumas partes do Camboja, Tailândia, Vietnã e Mianmar
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Spread of Artemisinin Resistance in Plasmodium falciparum Malaria
Onde foi divulgada: periódico New England Journal of Medicine
Quem fez: Elizabeth A. Ashley Mehul Dhorda, Rick M. Fairhurst, Chanaki Amaratunga, Parath Lim, entre outros
Instituição: Universidade de Oxford, na Inglaterra, entre outras
Resultado: O parasita Plasmodium falciparum, o mais mortal dos tipos de malária, é resistente à artemisinina em algumas partes do Camboja, Tailândia, Vietnã e Mianmar
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