Mesmo podendo causar sangramento no estômago, remédio reduziria risco de câncer |
O hábito salvaria ainda cerca de 130 mil vidas em 20 anos só no Reino Unido, segundo pesquisa
Além de estancar a dor e diminuir febres, cientistas descobriram o que seria mais um benefício da boa e velha aspirina. De acordo com um estudo da Universidade Queen Mary de Londres, o hábito de tomar ao menos um analgésico por dia poderia reduzir drasticamente os riscos desenvolver de câncer. Ao longo de um período de 20 anos, mais de 130 mil mortes poderiam ser evitadas somente no Reino Unido, segundo a pesquisa.
Além de estancar a dor e diminuir febres, cientistas descobriram o que seria mais um benefício da boa e velha aspirina. De acordo com um estudo da Universidade Queen Mary de Londres, o hábito de tomar ao menos um analgésico por dia poderia reduzir drasticamente os riscos desenvolver de câncer. Ao longo de um período de 20 anos, mais de 130 mil mortes poderiam ser evitadas somente no Reino Unido, segundo a pesquisa.
A aspirina foi originalmente desenvolvida como um analgésico para a
febre e inflamação há mais de um século. Mas ao longo dos anos, o
remédio também provou ser útil também para reduzir os riscos de ataques
cardíacos e acidentes vasculares cerebrais. Por outro lado, doses
exageradas de aspirina também causariam sangramento do estômago, sendo
até fatal em alguns casos.
Mas a equipe de cientistas da
Universidade Queen Mary considera que seus benefícios superam os
malefícios. Para isso, pacientes teriam de tomar aspirina por um período
entre cinco anos a 10 anos. Pessoas entre 50 e 65 anos, por exemplo,
deveriam ingerir regularmente comprimidos de baixa dosagem de 75mg.
Os
resultados são promissores, garantem os cientistas. A aspirina
conseguiria reduzir casos de câncer de intestino em cerca de 35%, e as
mortes, em 40%. O remédio também rebaixaria as taxas de câncer de
esôfago e estômago em 30%, e as mortes por eles, em até 50%.
A
aspirina teria um efeito preventivo menor em outros tipos de câncer. O
hábito sugerido pela pesquisa poderia reduzir o número de casos de
câncer do pulmão em 5%, com redução de 15% nas mortes. Ele poderia ainda
cortar cânceres de próstata em 10%, e os cânceres de mama em 10%. Além
disso, haveria uma redução de 9% no total do número de cânceres,
derrames e ataques cardíacos sofridos pelos homens e uma queda de 7% nas
mulheres.
Já os efeitos colaterais não sofreriam grandes
alterações. Tomar aspirina todos os dias durante 10 anos elevaria riscos
de sangramentos no estômago de 2,2% para 3,6%. Cerca de 5% dos casos de
pessoas que têm um sangramento no estômago são fatais.
Os
efeitos já conhecidos do comprimido também foram analisados pelo estudo.
De acordo com os cientistas, 10 anos de aspirina reduz ataques
cardíacos em 18%, e as mortes, em 5%. No entanto, se o remédio reduz
números de AVC em 5%, há um aumento de 21% no número de mortes.
O Globo
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