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Presidente da ISQua aponta problemas e soluções mundiais para qualidade em saúde
“A
maior parte dos países da América Latina está em uma fase de transição
no seu desenvolvimento. Os cuidados e recursos dos grandes hospitais em
metrópoles se igualam a qualquer outro lugar do mundo, mas em áreas
rurais e em hospitais de pequeno porte são frequentemente limitados”. A
declaração do presidente da International Society for Quality in Healthcare (ISQua), o médico e professor David Bates, está na nova edição da revista Acreditação em Saúde, publicação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA).
Em
entrevista exclusiva, Dr. Bates, que estará no Brasil de 5 a 8 de
outubro, para a 31ª Conferência mundial da ISQua, defendeu ainda o
cadastro único do paciente, independente dele ser atendido na rede
pública ou privada: “É claramente melhor ter um sistema de intercâmbio
de informações que acompanhe o paciente. A ISQua apoia o desenvolvimento
de soluções que permitam que as informações de um paciente se movam com
ele. Isso está acontecendo em algumas regiões do Brasil, como em São
Paulo, mas não é uma regra”.
Ele
assegura ainda que uma das maneiras da ISQua contribuir para os
esforços colaborativos internacionais para melhorar a qualidade e a
segurança é através do seu International Accreditation Programme (IAP),
que se subdivide em três partes: a acreditação de padrões de
atendimento de saúde, a acreditação de organizações de avaliação externa
e a acreditação de programas de treinamento de supervisores. “A ISQua
desenvolveu diretrizes e princípios para o desenvolvimento de padrões
para a saúde e assistência social e diretrizes e princípios para
organizações de avaliação externa que determinam as melhores práticas
requeridas para a criação de padrões e para as avaliações externas”,
garante o presidente da entidade.
Ele,
que também é chefe da divisão de Medicina Geral do Brigham and Women’s
Hospital (EUA), assegura que é preciso estimular a cultura de registro
de erros ou quase falhas, nos casos em que esses padrões não forem
seguidos ou adotados. “Precisamos sair de uma cultura que busca culpar
para um ambiente que encoraje a avaliação e, eventualmente, desenvolva
soluções para potenciais eventos adversos, antes mesmo que eles
ocorram”, enfatiza. De acordo com Dr. Bates, “não existe resposta fácil,
mas cada organização deve providenciar um mecanismo simples que permita
um relato sem culpa para melhorar a qualidade e segurança do tratamento
prestado aos pacientes”.
Em
sua entrevista à revista do CBA, o presidente da ISQua fala ainda sobre
outro importante aspecto: as infecções associadas ao sistema de saúde
que, ele classifica como o principal fator nocivo para a saúde mundial,
tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Dr.
Bates diz que as mãos são o principal agente de transmissão dos germes
durante qualquer tratamento. Na publicação, ele fala ainda sobre um
estudo da Organização Mundial da Saúde que comprova como a adesão às
boas práticas de higienização das mãos pode reduzir as infecções
causadas pelas superbactérias.
Além dessa entrevista exclusiva, a sétima edição da revista Acreditação em Saúde traz
ainda relatos de hospitais brasileiros acreditados pela JCI/CBA, que
mostram o quanto essas instituições avançaram em qualidade e segurança.
“São exemplos de excelência, os programas de promoção à saúde, as
metodologias adotadas para identificar os riscos à segurança do
paciente, as ações de cuidados paliativos, as matérias que mostram que
gestão, qualidade e segurança caminham em uma mesma direção”, ressalta a
superintendente do CBA, Maria Manuela Alves dos Santos, em seu
editorial.
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