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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Procura pela segunda dose da vacina contra o HPV está baixa

Boatos sobre reações adversas podem estar atrapalhando. Proteção só é completa após três doses
 
Rio - A procura pela segunda dose da vacina contra o vírus HPV, no Rio, está bem menor do que a registrada na primeira fase. Nas duas primeiras semanas da atual etapa, lançada dia 1º, apenas 20.186 meninas de 11 a 13 anos foram imunizadas: 15% do público-alvo. Nos 15 dias seguintes ao lançamento da campanha pela primeira dose, em março, 74.733 (52,9%) receberam o imunizante. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
 
O superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, alerta que as adolescentes só estarão protegidas se receberem três doses. Ainda segundo ele, o que poderia estar atrapalhando são boatos sobre problemas relacionados à vacina e casos de reação adversa. Ele, porém, frisa que ainda é muito cedo para afirmar que tais fatores com certeza tenham influência na baixa procura aos postos, já que nos casos de outros imunizantes a busca pela segunda dose também é menor.
 
Em SãoPaulo, três meninas foram internadas recentemente sem mexer as pernas após a vacinação, mas alguns dias depois receberam alta. Outras oito tiveram sintomas como falta de sensibilidade nos membros, dor de cabeça e tontura.                       

Segundo o superintendente, alguns municípios do Rio optaram por intensificar a vacinação nos postos de saúde, em vez de nas escolas. A medida seria para evitar que as adolescentes fossem imunizadas juntas, como ocorreu com as garotas de São Paulo, o que pode fazer surgirem possíveis efeitos adversos relacionados a questões psicológicas. “Às vezes, uma adolescente põe medo na outra e a ansiedade pode aumentar e provocar reações”, conta. A própria Organização Mundial de Saúde já cunhou o termo ‘reação de ansiedade após imunização’, segundo a diretora de imunização da Secretaria de Saúde de São Paulo, Helena Sato, onde o fenômeno ocorreu.
 
Proteção contra o câncer
Ao serem vacinadas, as jovens são protegidas contra os tipos mais frequentes do Papilomavírus Humano, vírus sexualmente transmissível que pode causar o câncer de colo de útero, que é gravíssimo. Ele é o terceiro tipo de tumor mais comum em mulheres e o quarto câncer que mais mata brasileiras.
 
Chieppe lembra que o melhor momento para receber a segunda vacina é seis meses após a primeira dose, ou seja, agora em setembro. O imunizante estará disponível nos postos, ininterruptamente, mas, em 2015, o público-alvo irá mudar: será para garotas de 9 a 11 anos. As clínicas particulares oferecem a vacina para todas as idades.
 
Importância e segurança
Na última semana, várias entidades se uniram e divulgaram comunicado reforçando a importância e a segurança da vacinação contra o HPV, que previne o câncer de colo de útero. Entre estas organizações, estão as sociedades Brasileiras de Imunizações, Infectologia e Pediatria, além da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
 
De acordo com o texto, uma recente publicação do Center for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos, avaliou os cerca de 22 mil eventos adversos temporalmente relacionados à vacinação, após a administração de mais de 67 milhões de doses (incidência de 0,03%). Segundo o levantamento, não se verificou, até o momento, nenhuma associação entre a vacina e eventos adversos graves. Além disso, os problemas mais comuns são os mesmos de outras vacinas: dor, inchaço e vermelhidão no local, e cefaleia e febre em menor incidência.

O Dia                      

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