Ação do Ministério da Saúde visa modificar quadro de sedentarismo e sobrepeso do brasileiro
O Ministério da Saúde vai implementar 4 mil polos do Programa Academia da Saúde até 2014, em todo o país. Nesta segunda-feira (27), foram publicadas no Diário Oficial da União duas portarias que permitem a adesão e destino de recursos aos municípios interessados.
A ação prevê uma série de medidas voltadas à promoção da saúde dos brasileiros no Sistema Único de Saúde (SUS), com a criação de espaços específicos para o desenvolvimento de práticas corporais, atividades físicas, lazer e de modo de vida saudável.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a prática de 30 minutos de atividade física, em cinco ou mais dias por semana. De acordo com o último Vigitel, inquérito telefônico realizado pelo ministério, 16,4% dos brasileiros adultos são fisicamente inativos. Segundo o estudo de 2010, quase metade da população adulta (48,1%) está acima do peso e 15% são obesos.
“A exemplo dos programas desenvolvidos em algumas capitais, o Academia da Saúde busca eliminar barreiras como a inexistência de espaços públicos de lazer, o que reduz a possibilidade de acesso às práticas corporais pela maioria da população”, explica Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, do Ministério da Saúde.
Segundo a coordenadora, além de receber orientações sobre atividades físicas, de segurança e de educação alimentar e nutricional, a população terá a chance de praticar ginástica, capoeira, dança, jogos esportivos, yoga, tai chi chuan e atividades artísticas como teatro, música, pintura e artesanato. Os exercícios serão orientados por profissionais capacitados. O programa tem como referenciais iniciativas bem sucedidas realizadas em cidades como Recife (PE), Aracaju (SE) e Belo Horizonte (MG).
A meta do Ministério da Saúde é implantar 1 mil polos por ano até o final de 2014. O Programa faz parte das Políticas Nacionais de Atenção Básica e de Promoção da Saúde e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfretamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, que será apresentado em setembro durante a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA).
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