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quarta-feira, 29 de junho de 2011

“Incorporação de novas tecnologias nem sempre são benéficas”

A área de medicina diagnóstica é um dos locais onde os avanços da tecnologia mais se fazem presentes. Com a chegada de novos recursos tem-se também um aumento na procura por exames mais assertivos. Como consequência disso, as operadoras de planos de saúde precisam arcar com os valores dos exames realizados. Segundo o gerente médico da Amil, Claúdio Tafla, é preciso checar se as novas tecnologias realmente funcionam ou apenas trazem o custo adicional.

“A incorporação de uma nova tecnologia não é um sistema pontual. Ela é para todo mundo e dará acesso a todas as pessoas que estarão no sistema público ou privado”.

Tafla deixa claro que não se opõe a implantação de novas tecnologias para o setor, mas explica que recursos destinados à área da saúde poderiam ser utilizados de formas mais benéficas.

”Existem muitos investimentos que se fossem melhores aproveitados iriam gerar mais e melhores resultados para a saúde e para o setor”.

Ele chama atenção para o fato de que a população está envelhecendo. “Estudos mostram que em 2050, 30% da população brasileira terá acima de 60 anos. Em tão pouco tempo não teremos estrutura básica para atender a essa demanda crescente”.

Tafla ressalta que isso vai causar algumas discrepâncias consideráveis na área da saúde, pois a utilização da população em serviços básicos, como consultas será em torno de 50% a 60% maior em relação aos cidadãos com menos de 60 anos.

Diante dessa tendência, o representante da Amil explica que é necessário se atentar para a implantação de programas de prevenção e promoção de saúde. “Não existe melhor forma de prevenir e promover a saúde do que a informação”.

Desperdício

Ao se apresentar no Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado nesta segunda-feira (27), em Curitiba, Tafla chamou atenção para um cálculo, realizado pela Universidade de Boston, que revela que no ano de 2005 havia 50% de desperdício dos recursos utilizados em saúde no mundo todo. “Desse montante, a grande parte era fraude, mas o restante era mau uso dos serviços disponibilizados”.

Ele conta ainda que um balanço realizado pela Amil constatou que 30% dos exames realizados não são retirados. “Essa porcentagem refere-se a exames que não foram ao menos acessados via internet”.

Para o gerente médico, é preciso achar uma maneira de gestão que possa contemplar todo o País sem cometer injustiças.

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