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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Saiba como identificar a disfunção erétil


Homens a partir dos 35 anos podem apresentar os primeiros sintomas

Em algum período da vida, é inevitável que uma boa parte dos homens enfrente a temida disfunção erétil. A impotência é um dos problemas que mais atormenta o homem, deixando-o inseguro e, também, frustando a parceira. Há algum tempo atrás, os casos desse tipo eram mais frequentes aos 45 anos de idade, mas, hoje, os problemas já aparecem com mais intensidade aos 35 anos.

Para se ter uma ideia, quase metade dos homens com mais de 40 anos tem alguma queixa em relação às suas ereções, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia. A impotência não é muito comum entre os jovens e, de modo geral, nesta faixa de idade, as causas são psicológicas.

Afinal, você sabe como lidar com essa situação? Conhece as principais causas e os fatores de risco? E a hora certa para procurar tratamento médico? O urologista Daher Chade, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo da Faculdade de Medicina da USP e do Hospital Sírio Libanês, conversou com este portal para esclarecer todas as dúvidas sobre o tema.

Quais são as principais causas da disfunção erétil?
É uma doença multifatorial. As pessoas acabam falando mais da parte vascular ou da idade, questões pontuais, mas, na verdade, são questões que somam. Os principais fatores envolvidos são: fator vascular (patologia que impede a irrigação sanguínea do pênis), psicológico, emocional e neurológico. Por cima de tudo isso, tem a questão hormonal. Sem uma dosagem hormonal adequada, a gente nunca tem uma boa ereção mesmo que as partes vascular, neurológica ou até mesmo a psicológica sejam boas. A avaliação hormonal é fundamental para todo mundo que tem disfunção erétil, porque, muitas vezes, se diagnostica uma alteração na parte hormonal chamada andropausa.

O problema atinge apenas homens mais velhos?
Não, como a doença é multifatorial há muitos jovens que têm problemas psicológicos com isso. Às vezes é um problema emocional relacionado ao sexo ou não. Pode ser de estresse no trabalho ou na vida pessoal e reflete na parte sexual, e isso já é considerada uma disfunção erétil.

O homem que sofre com ejaculação precoce tem mais chance de ter DE?
Não estão relacionados. Quando o homem tem ejaculação precoce, logo em seguida, perde a ereção. E, às vezes, a ejaculação é tão precoce que é logo no início da relação sexual. Os homens têm dificuldade de manter a ereção e precisa interromper a relação, por isso, acha que também tem disfunção erétil. Mas, na verdade, não tem. São doenças completamente diferentes. A única coisa que conecta as duas é a questão emocional.

O homem que fuma e bebe frequentemente tem risco maior de desenvolver o problema?
Todas as doenças associadas às doenças cardiovasculares (sedentarismo, obesidade, colesterol alto, hipertensão, tabagismo e álcool) estão relacionadas à disfunção erétil, porque afetam o componente vascular. Da mesma forma que obstrui a artéria que liga o pênis também obstrui a artéria do coração e causa o infarto, o derrame. São os mesmos componentes, por isso, quem tem tendência a ter doença cardíaca tem mais chance de ter disfunção erétil também.

A disfunção erétil tem cura?
Depende. Se o fator causal é um componente psicológico, a pessoa tem que tratar o problema psicológico. Ela pode se curar, mas corre o risco de ter de novo aquele problema. É uma cura que depende do indivíduo. Agora se tiver uma doença vascular associada principalmente aos problemas cardiovasculares essas não tem cura. Por isso que quem começa a usar medicação para disfunção erétil normalmente precisa por muitos anos, quando indicado de forma correta.

Quais são as principais opções de tratamento para DE?
O tratamento para a disfunção erétil é baseado no fator preponderante. Se for o fator hormonal, é dado hormônio. Se for o fator vascular é receitado um medicamento na classe do Viagra. Esse tipo de medicação é basicamente direcionado para o fator vascular. Quem usar qualquer tipo de remédio de uso contínuo, para controle de pressão ou de outros problemas clínicos, precisa sempre ser bem orientado.

Mulher pode ter impotência sexual?
Não, mulher não tem. Mulher pode ter disfunção sexual. Ela tem uma disfunção sexual diferente também por alteração hormonal, e, às vezes, por alterações locais, de dor à penetração ou dificuldade para chegar ao orgasmo. Isso tudo são componentes de disfunção sexual na mulher. Mas não tem nenhuma relação com a disfunção erétil.

Quando um problema de ereção pode ser considerado disfunção erétil?
O problema de impotência é uma disfunção a partir do ponto que impede a penetração, a relação sexual ou que não satisfaça qualquer um dos parceiros. A gente sempre chama de disfunção erétil mesmo que a pessoa consiga ter relação ou ter penetração, porque não está satisfazendo um ou outro. Qualquer grau de impotência já é uma disfunção, por isso que tem a disfunção erétil leve, aquela que ainda permite ter a relação sexual, até um estágio mais avançado, que não tem nem sinal de ereção.

O uso recreativo de comprimidos contra a disfunção sexual pode causar impotência a longo prazo?
O uso recreativo pode causar um hábito que gera uma dependência psicológica daquela medicação. Mas isso é uma questão totalmente trabalhável. Não é nada orgânico, ninguém se vicia nessas medicações e também não piora a ereção em longo prazo. Pelo contrário, quem deixa de ter relação por muito tempo pode ter mais dificuldade para voltar a ter ereção. Mesmo se tomar medicação de forma recreativa para melhorar a performance, isso não prejudica no futuro e não aumenta o risco de ter disfunção erétil.

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