A Confraria dos Irradiados reúne 12 pacientes que tiveram que se descolar à Capital para as sessões de radioterapia
Diante da rotina desgastante entre as idas e vindas de Porto Alegre, um grupo de pacientes de Caxias do Sul, na Serra, resolveu lidar com o problema que passavam de uma forma diferente. Eles criaram a Confraria dos Irradiados, composta por 12 pessoas cuja doença fazia com que fossem diariamente à Capital para as sessões de radioterapia:
— No início, a ansiedade é muito grande, e o grupo é fundamental para que possamos seguir adiante — comenta o aposentado José Mário Andonini, 73.
Criada há cerca de 40 dias, a Confraria se tornou um suporte emocional para enfrentar os obstáculos enfrentados pelo câncer. Diante de tanto ânimo, eles criaram também um blog para compartilhar as experiências:
— Sozinhos, não enfrentamos os problemas — ressalta Sirlei Masiero.
Ela defende a ideia de que um tratamento oncológico não precisa, necessariamente, ser um momento de sofrimento e temor. Também pode ser um momento de ressignificação da vida e a criação de novos laços de afeto. Após o tratamento, Sirlei exibe no sorriso a tranquilidade de mais uma etapa vencida:
— Estou pronta para a vida.
A estudante de Medicina Daiane Pretto, 25, aluna da Universidade de Caxias do Sul (UCS), acompanha a doença do pai há seis anos:
— Desde que foi diagnosticado o câncer, percebo que os pacientes, em função da doença, requerem um atendimento e uma atenção diferenciada — explica Daiane, que optou pela Medicina para poder ajudar quem sofre do mesmo problema.
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