Investir em capacitação de pessoas e em gestão de procedimentos será uma das tendências do futuro para a esfera de análises clínicas, segundo o presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Patologia Clínica do Paraná (Sinlab – PR), Carlos Ayres. Para ele, mais do que médicos, os profissionais de saúde também devem ter consciência de que são administradores.
“Gestão profissional não é um tema muito abordado dentro dos laboratórios. É preciso investir em capacitação de pessoas e ver o laboratório também como uma empresa”.
Em sua apresentação no Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado nesta terça-feira (28), em Curitiba, Ayres expôs qual será o futuro do mercado de análises clínicas, e salientou dois tipos de gestão: a gestão empresarial, que administra o estabelecimento como um todo; e a gestão específica, que direciona sua atenção para cada departamento do laboratório, mantendo um controle sobre a realização de procedimentos e estipulando padrões de conduta.
Além disso, Ayres acredita que nos próximos anos haverá um mercado crescente em vista dos novos parâmetros da população. “Junto com o crescimento populacional, encontramos também pessoas mais informadas e interessadas nas tendências que chegam ao setor da saúde”.
O aumento na quantidade de fusões laboratoriais também será algo presente no futuro. De acordo com presidente do Sinlab, é muito comum ver laboratórios comprando e em seguida fechando outros estabelecimentos no intuito de se livrar de um concorrente. Porém quando se fecha um laboratório, abre-se espaço para que outro chegue ao mercado no lugar do antigo.
“Uma tendência para o futuro seria a fusão de laboratórios como forma de crescimento e estratégia no setor”.
O fortalecimento e a união entre os laboratórios são pontos valorizados por Ayres. “Os laboratórios precisam aprender a dizer não e a se posicionarem diante de injustiças. Para isso é importante que os envolvidos estejam integrados e lutem por um bem comum”.
Atrelado à união entre as partes está o cooperativismo. Segundo o representante do Sinlab, a adoção desse hábito é uma tendência benéfica para o mercado de análises clínicas. “Um dos exemplos dessa vertente é a valorização das compras coletivas, onde mais empresas são beneficiadas pagando um valor mais acessível”.
O incentivo entre os profissionais e a valorização do setor também é um aspecto a ser contemplado. “Os laboratórios precisam enxergar o seu valor no mercado da saúde, ampliar seu poder de negociação e ocupar o lugar que merecem dentro do cenário”, ressata Ayres.
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