Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 29 de junho de 2011

Escolha o carboidrato certo para engravidar


Entre os tipos simples ou complexos, fique com a segunda opção que é encontrada nos cereais integrais

Parte de um amplo estudo médico realizado por respeitadas instituições americanas, como a Universidade Harvard, procurou avaliar a fertilidade de mais de 18 mil mulheres jovens ao longo de oito anos. O resultado desse trabalho está no livro The Fertility Diet (A Dieta da Fertilidade), dos pesquisadores Jorge Chavarro e Walter C. Willet. Eles mostram que o estilo de alimentação tem um peso maior do que se acreditava quando o assunto é facilidade (ou dificuldade) para engravidar. Entre outras afirmações, a pesquisa demonstra que, em matéria de carboidratos, não é a quantidade ingerida que pode prejudicar a fertilidade feminina, mas a qualidade desse nutriente.

O consumo maior de carboidratos de baixo índice glicêmico – aqueles de digestão mais lenta, presentes em alimentos como o trigo e outros grãos integrais, além de frutas e legumes – foi associado a um menor índice de dificuldade para engravidar por problemas ovulatórios. “Cerca de 20 a 25% dos problemas da fertilidade feminina estão associados à ovulação. Em 80% desses casos, trata-se da síndrome dos ovários policísticos, uma das principais causas de ausência da fecundação”, esclarece o ginecologista Evangelista Torquato, especialista em reprodução humana, de Fortaleza.

Para entender a relação, é preciso saber o que é o índice glicêmico, ou seja, a velocidade com que o açúcar vai parar na circulação quando comemos algo. Os carboidratos mais complexos não exigem que o pâncreas lance mão de doses elevadas de insulina para equilibrar os níveis de glicose e, portanto, têm baixo índice glicêmico. Já os carboidratos de digestão rápida (arroz, batata, doces) fazem com que a insulina suba depressa ou despenque no sangue. Quando isso ocorre, a globulina, uma proteína que se liga aos hormônios sexuais em geral, acompanha a flutuação de forma igualmente brusca, alterando o equilíbrio hormonal.

“Para que a ovulação ocorra, e também para a implantação do embrião, é necessário o perfeito equilíbrio hormonal”, afirma o ginecologista Arnaldo Cambiaghi, autor do livro Fertilidade Natural. O consumo de gordura trans (item de alguns alimentos industrializados) também foi associado à infertilidade, mesmo que em pequenas doses diárias. Já as gorduras insaturadas, presentes no azeite de oliva, no óleo de linhaça, no abacate e no salmão, por exemplo, favorecem a fertilidade porque melhoram a absorção da insulina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário