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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Baixa complexidade é oportunidade para hospitais de especialidade

Grandes instituições, muitas vezes, negligenciam procedimentos mais simples. Existem entidades aproveitando esta lacuna como é o caso do Hospital Paulista

Hospitais de todo o Brasil têm investido verdadeiras fortunas na expansão de suas unidades, disponibilizando novas especialidades e opções de tratamento, principalmente voltados para a alta complexidade, mais rentável para as instituições.

Apesar de necessária, toda essa atenção deixa uma lacuna nos procedimentos de baixa complexidade, que acabam se tornando um nicho de mercado promissor para hospitais de especialidades e pequeno porte. E é procurando preencher essa lacuna que o Hospital Paulista pretende crescer. “Na busca por baratear os procedimentos de média e alta complexidade, os grandes convênios estão verticalizando seus serviços assistenciais, sobretudo nas áreas de Cardiologia, Oncologia, Ortopedia e Neurologia. Para nós, isso é uma oportunidade”, aponta o o diretor-presidente da instituição, Braz Nicodemo Neto.

Especializado em Otorrinolaringologia, o hospital tirou proveito desse cenário e expandiu suas instalações para receber a demanda suprimida de procedimentos mais simples, e muitas vezes, negligenciados pelas grandes instituições. Em 2010, a instituição investiu cerca de R$ 5 milhões na reformulação dos mais de 40 leitos de internação, a construção de dois novos leitos de UTI e a aquisição de equipamentos mais modernos.

Em 2011, como parte do plano estratégico para ganhar o mercado de baixa complexidade, o Paulista terá sua fachada reformada dando destaque à unidade. A recuperação consumiu cerca de R$ 800 mil, com a compra de imóveis, para expansão da fachada, projeto arquitetônico e obras.

A conclusão do projeto está prevista para o final do segundo semestre deste ano. “Nós não tínhamos muitos atrativos, por isso decidimos fazer uma repaginação do hospital, trazendo serviços de hotelaria para a unidade, uma nova UTI, e destacar a instituição para dar mais conforto ao médico e segurança ao paciente. Com isso esperamos alcançar um incremento de 30% nos resultados”, ressalta Neto.

Apostando na falta de interesse dos hospitais por essa área e, em razão da baixa remuneração dos procedimentos, a direção do Hospital Paulista estabeleceu o seu foco. “Nós somos um hospital de especialidade e vendo esse cenário achamos um grande filão no mercado e podemos ganhar em volume”, afirma Neto.

Com 70 operadoras credenciadas, no Paulista, são realizadas, em média, 500 cirurgias por mês, chegando a mil procedimentos no mês de julho devido as férias escolares. “Um otorrino pode agendar até quatro cirurgias em uma mesma manhã, o que seria difícil em um hospital geral. O valor que ganhamos por procedimento é muito menor do que o de um neurologista, por isso a rotatividade tem que ser maior”, completa Neto.

Para comportar a demanda sem comprometer a qualidade do atendimento e a segurança do paciente, a instituição adotou uma série de processos para agilizar a rotatividade das salas cirúrgicas, entre eles, a preparação de kits com material cirúrgico para cada tipo de procedimento, o que reduziu a ociosidade dos equipamentos.

“Os hospitais de grande porte acabam tendo que ter todos os tipos de materiais cirúrgicos para todos os tipos de cirurgias que são realizadas nele. Então ganhamos também neste caso, onde não há desperdício ou ociosidade de materiais, uma vez que estamos focados em apenas uma especialidade”.

Fonte Saudeweb

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