Diogo ainda tentou resistir durante cinco minutos à prótese no braço direito, mas, depois de brincar com uma bola com as duas mãos, já não a quis tirar. "É mão, é minha", dizia, a rir, o menino de dois anos que nasceu sem a mão direita.
"Ao almoço, já bateu com a mão estética no prato, e está muito contente", disse ao CM a mãe da criança, Elisabete Farinhoto. Diogo só pediu à mãe para tirar a prótese à hora do sono da tarde, quando já estava em casa, em Caminha. "Andou mais de três horas sem se queixar. Pensei que ia reagir mal porque nunca usou qualquer tipo de prótese, mas depois da birra aceitou muito bem", explicou Elisabete.
A expectativa era elevada ontem de manhã na clínica ‘Padrão Ortopédico’ em Matosinhos, mas o pequeno Diogo gostou da nova mão. Brincou com a bola, bateu palmas e acenou ao avô, conseguindo levantar a prótese. Agora, terá de fazer uma intensa adaptação que pode durar mais de um mês, até poder colocar a mão mioeléctrica com sensores, que lhe permitirá fazer movimentos. "O peso da prótese é equivalente ao braço esquerdo, mas, como não está habituado, é muito difícil coordenar os movimentos", explicou Elisabete.
Diogo é mais uma criança apoiada pela Cooperativa ‘Dar a Sorrir’, criada por Sandra Hipólito, mãe de Rodrigo, menino que já usa a mão mioeléctrica graças à campanha de recolha da tampinhas. Sandra acompanha todos os casos que estão neste processo, e ontem também foi à clínica para apoiar a mãe de Diogo, que estava muito ansiosa e preocupada. "Já passei pelo mesmo com o meu Rodrigo, sei que são momentos difíceis para as crianças e para as famílias".
No caso do Diogo, a empresa de reciclagem Ceinop, da Póvoa de Varzim, financiou a prótese que custa cerca de 9 mil euros em troca de 18 toneladas de tampinhas plásticas.
Fonte Correio da Manhã
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