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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Estudo mostra como o cérebro controla a impulsividade

O controle dos impulsos é um aspecto importante das funções executivas do cérebro, responsável por regular a própria atividade cerebral. A maneira como o cérebro controla o comportamento impulsivo pode ser bem diferente do modelo que os psicólogos têm imaginado nos últimos 40 anos. Essa é a conclusão de um estudo realizado por uma equipe de neurocientistas, publicado no periódico Journal of Neuroscience.

O domínio dos impulsos é um aspecto importante das funções executivas do cérebro, que regulam a própria atividade cerebral. Problemas com a administração dos impulsos estão envolvidos no transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e vários outros transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia. “Nosso estudo foi focado no controle dos movimentos oculares, mas nós pensamos que isso é amplamente aplicável”, diz o coautor do estudo, Jeffrey Schall, da Universidade Vanderbilt, nos EUA.

Desde a década de 1970, pesquisadores acreditavam que o cérebro controla os tempos de resposta alterando o limite, ou limiar, no qual os neurônios de movimento desencadeiam uma ação: quando uma ação rápida é preferível, o limiar é reduzido e, quanto maior a deliberação, maior o limiar. No entanto, Schall e sua equipe indicam que as diferenças observadas quando os neurônios de movimento começaram a acumular as informações dos neurônios sensoriais – em vez de diferenças no limite – parecem explicar o ajuste no tempo de resposta.

Os pesquisadores testaram a hipótese do limiar, analisando gravações de atividade neuronal em modelos animais, que deviam executar um movimento dos olhos para parar a tarefa. Nela, o macaco foi treinado a olhar diretamente para um alvo que estava brilhando em diferentes locais de uma tela de computador, exceto quando o alvo era seguido por um sinal de parada. Quando isso acontecia, o macaco ganhava uma recompensa se continuasse a olhar para o local de fixação no centro da tela.

No experimento, o atraso entre o aparecimento do alvo e os sinais de parada variou de 25 a 275 milissegundos. Durante este tempo, os neurônios de movimento ainda estão processando os sinais gerados pelo aparecimento do alvo. Quanto mais tempo demorava, mais difícil era para o macaco não olhar para o alvo. Em humanos e macacos, o tempo de reação em tarefas como essas é significativamente maior imediatamente após o sinal de parada.

Os pesquisadores acreditam que a descoberta é importante porque foca como o cérebro controla todos os tipos de impulsos básicos. “É possível que os neurônios do córtex frontal medial (que realiza o controle executivo de tomada de decisão), do lobo parietal (que determina o senso espacial) ou do lobo temporal (que desempenha um papel na formação da memória) possam afetar o controle de impulso, alterando o tempo de atraso dos neurônios envolvidos em uma série de outras reações de estímulo-resposta”, finaliza Schall.

Fonte Band

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