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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Assistência: HCor cria método simplificado de implante de marcapasso infantil

Técnica é realizada por meio da colocação de eletrodos que vão se ligar ao coração e são inseridos pela veia subclávia (abaixo da clavícula)

O Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo desenvolveu um método menos invasivo de implante de marcapasso em crianças, sem a necessidade de abrir o tórax e afastar as costelas para instalar os fios do aparelho.

De acordo com a instituição, a técnica é realizada por meio da colocação de eletrodos que vão se ligar ao coração e são inseridos pela veia subclávia (abaixo da clavícula). Depois o fio vai até o coração, onde é fixado no ventrículo direito, sendo deixados sobras desse mesmo fio que vão se desenrolar à medida que o bebê crescer.

Finalmente o fio que será ligado ao marcapasso é passado por baixo da pele até o abdome, onde o aparelho é instalado. Os ajustes são feitos via “wireless” (sem a necessidade de fios entre o programador e o marcapasso implantado) no Serviço de Arritmias do HCor, a cada seis meses. A troca do marcapasso é realizada quando ocorrer o desgaste da bateria interna do aparelho, que dura em média cinco a seis anos em uma criança.

Segundo o responsável pela técnica, José Carlos Pachón, o método foi desenvolvido para crianças com menos de 12 kg que precisam de marcapasso, as quais, rotineiramente necessitariam de uma cirurgia com a abertura do tórax para o implante do aparelho.

Ele conta que essas intervenções são realizadas em bebês que possuem bloqueios do sistema nervoso cardíaco, fazendo com que o coração bata mais devagar (30 a 60 batimentos por minuto, quando o normal é 120 a 150 bpm). Esse batimento mais lento geralmente leva à insuficiência cardíaca, inchaço no coração bem como em outros órgãos e ao aborto”, esclarece Dr.Pachón.

O Serviço de Arritmias do HCor implantou 19 marcapassos em crianças de 0 a 1 ano, 51 em crianças de 1 a 5 anos, 43 em crianças de 6 a 10 e 56 marcapassos em crianças de 10 a 16 anos, sendo referência no país no tratamento de arritmias em crianças por técnicas minimamente invasivas.

Fonte SaudeWeb

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