Realizar biópsia de próstata mais do que dobra o risco de internações para o tratamento de infecções e outros problemas de saúde no mês seguinte à realização do exame, relata um novo estudo.
Os pesquisadores examinaram registros do programa americano de assistência a idosos Medicare.
Foram analisados os registros médicos de 17.472 homens com idade média de 73 anos que haviam realizado o procedimento de biópsia de próstata e de um grupo de controle de 134.977 homens com idade correspondente, selecionados em um dia aleatório. Em seguida, os cientistas compararam a frequência de internação dos dois grupos durante os 30 dias subsequentes. No total, 2,9% dos homens do grupo de controle foram hospitalizados.
Essa taxa foi de 6,9% para os pacientes que realizaram a biópsia. A exclusão dos pacientes internados para tratamento de câncer de próstata não alterava os resultados --era apenas a biópsia e não o tratamento que levava à internação.
Em todo o procedimento de biópsia de próstata existe o risco de uma bactéria do reto entrar na próstata e cepas resistentes podem causar problemas graves. Os autores estimam que com um teste aleatório será possível descobrir que a biópsia leva à internação após um mês de uma a cada 24 pessoas que realizam o procedimento.
"É preciso que se discuta de forma exaustiva com o paciente que irá se submeter ao exame sobre o uso recente de antibióticos, internações recentes e qualquer outro dado que informe sobre o risco de ele possuir cepas resistentes", afirma Stacy Loeb, principal autor do estudo e professor de urologia da Universidade de Nova York.
"Porém, se o paciente for um homem que de outra forma seria saudável e irá se beneficiar do tratamento, ele não precisa ter medo de realizar o procedimento", afirma.
O relatório aparece na edição de novembro da revista "The Journal of Urology".
Fonte Folhaonline
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