Todo o lixo produzido na cadeia de saúde do País, como hospitais, ambulatórios e ambulâncias, deve passar por processos de descontaminação antes de ser aterrado em lixões. Mas, de acordo com Carlos Alberto Maluf Sanseverino, presidente da Comissão de Sustentabilidade e Meio Ambiente, da OAB-SP, não existe um tratamento sério da coleta de resíduos, nem leis sobre o material produzido nas residências.
Autora de uma cartilha sobre o descarte correto, publicada pelo Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, do Rio de Janeiro (IEDE/RJ), a médica Claudia Pieper ensina que objetos perfurocortantes devem ser mergulhados em água sanitária ou hipoclorito de sódio por 20 minutos para descontaminação e só depois armazenados.
“Quando o paciente não tem um compartimento descarpack, ele deve usar recipientes de vidro ou plástico duro para armazenar agulhas, lancetas e seringas usadas. E depois, deve encaminhá-los a uma unidade de saúde”, diz Claudia, que também é membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).
As garrafas PET podem ser usadas como opção, diz Silvia Carla da Silva André, do Laboratório de Saúde Ambiental da USP. “Não são as mais indicadas, pois o PET é mole, mas podem armazenar alguns materiais, como as fitas reagentes (utilizadas nos testes de glicemia) com sangue.”
As especialistas ressaltam que o paciente não deve separar os resíduos de saúde e colocá-los na coleta seletiva. “Eles serão misturados ao lixo comum e irão para aterros sem qualquer tratamento”, afirma Silvia. “É importante levá-los a uma unidade de saúde, que é obrigada a dar a destinação correta”, completa a pesquisadora da USP.
Fonte Estadão
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