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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Portugal: Apenas 2% dos doentes que recorrem às urgências têm "dependência total"

Apenas dois por cento dos doentes que recorrem aos serviços de urgência dos hospitais têm uma “dependência total” de assistência médica, revela um estudo da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros (OE).

“Em termos de nível de dependência, foi possível averiguar que apenas dois por cento dos doentes tinham uma dependência total, subindo para 45 por cento a dependência moderada. A dependência baixa ronda os 50% dos doentes que recorreram a urgência”, adiantam os resultado do estudo.

O estudo que classifica os doentes que recorrem aos serviço de urgência por nível de dependência foi realizado em setembro no Hospital São Francisco Xavier, que recebe uma média de 290 pessoas por dia, no Hospital de Faro (250), no Hospital de Abrantes (160) e no Hospital de Setúbal (150).

“Estamos a falar num universo aproximado de 850 doentes por dia nestas quatro unidades hospitalares, sendo que recolhemos uma amostra de 422 doentes”, disse à agência Lusa o enfermeiro Alexandre Tomás, da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros.

Alexandre Tomás adiantou que o estudo surgiu da “preocupação” da Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros “com a resposta da rede hospitalar em termos de serviço de urgência no Sul do país” e, por isso, decidiu realizar um trabalho para caracterizar estes doentes em função do seu nível de urgência.

“Verificámos que são mais as mulheres que recorrem ao serviço de urgência (64%)”, seguindo-se os homens (35%) e as crianças (cerca de 10%), sendo a média de idade dos doentes de 54 anos.

A maioria das patologias era da área médica (63%), enquanto 37% da área cirúrgica, adianta o estudo que será divulgado na sexta-feira no 2.º Encontro de Enfermeiros da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros, que decorre hoje e na sexta-feira em Lisboa.

Metade das pessoas que integrou este estudo foi classificada por prioridade de urgência verde ou azul (situações menos urgentes), 39% prioridade amarela e 10% prioridade vermelha ou laranja.

“Na classificação dos doentes nas urgências podemos verificar que o grau de dependência diminuiu em cerca de 20% em quatro horas. Em 80% dos casos o grau de dependência manteve-se”, adiantou o enfermeiro.

A melhoria do nível de dependência deveu-se a dois fatores: controlo da dor e a promoção da autonomia em termos de mobilidade física, explicou Alexandre Tomás, acrescentando que esta recuperação se deve à “intervenção da enfermagem”.

Este estudo, segundo o enfermeiro, “é um extraordinário instrumento para adequar os recursos humanos às pessoas”.

Fonte Destak

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