A diversidade de apps de automonitoramento e outros mHealths na App Store da Apple ajudou a criar uma nova era de saúde pessoal
É difícil mensurar o impacto que Steve Jobs – que morreu na quarta-feira (05) – teve na tecnologia durante os últimos 30 anos. Seja em hardware, software, comunicação e design, a contribuição da Apple foi incalculável – como foi também na área de saúde.
As reações online – onde sem dúvida muitas pessoas digitavam por meio da tela de um iPhone ou por meio de seus MacBook Pros – atestaram as realizações de um homem que muitos compararam como o Thomas Edison dos tempos atuais.
“Ele mudou a maneira de enxergarmos o mundo”, afirmou o Presidente Obama. O Diretor Federal de Tecnologia, Aneesh Chopra chamou Jobs de “um verdadeiro visionário”.
“De certa forma, sua morte parece como uma barganha faustiana (que se diz de quem vende a alma ao diabo): revoluciona o mundo com produtos além de nossa imaginação, depois morre jovem”, escreveu o CIO do Beth Israel Deaconess Medical Center, John Halamka.
O analista da Chimark Research, John Moore simplificou: Jobs “queria fazer computadores que fossem divertidos de usar”.
Essa é a essência. Desde o início, a Apple fez produtos que as pessoas sentiam necessidade de possuir – legais, divertidos e extremamente úteis.
Jobs na Saúde
Médicos gostam de funcionalidade e design tanto quanto as outras pessoas. E essa é a principal razão para, em apenas três anos, o iPhone e o iPad – e dúzias de outros smartphones e tablets que seguiram a tendência da Apple – terem tantos usuários em hospitais e clínicas médicas.
Só nessa semana – com o lançamento do novo iPhone 4S – o CEO da Apple, Tim Cook, contou que “80% dos melhores hospitais nos Estados Unidos estão testando ou usando o iPad” – usando o dispositivo “para acessar registros de pacientes, analisar exames de imagens, etc”.
No setor de saúde, que levou décadas para se digitalizar se comparada com outras indústrias, os dispositivos da Apple vem sendo adotados em números impressionantes. O interesse dos provedores de saúde é imenso.
A inovação fala por si só. Muitos dos fornecedores de registros eletrônicos de saúde desenvolveram capacidades de acesso a iPhones e iPads. Há também um aumento no número de EHRs nativos de iPads. Os dispositivos provaram a sua utilidade no que concerne à telesaúde – e o novo iPhone 4S (com câmera de 8 megapixesl e capacidade de vídeo HD de 1080p) parece ser ainda mais perfeito para diagnósticos remotos em emergências onde cada minuto é importante. A diversidade de apps de automonitoramento e outros mHealths na App Store da Apple ajudou a criar uma nova era de saúde pessoal.
É comum dizer – e com razão – que a TI em Saúde deve ser implantada com cuidado, com o consentimento de médicos, enfermeiras e provedores de cuidado.
Mas Jobs, o visionário, tomou o caminho inverso. Como ele disse: “Não é tarefa do consumidor saber o que deseja”.
É um testemunho de sua genialidade.
Enquanto os Estados Unidos continua com sua tarefa hercúlea de transformar o sistema de saúde, seria inteligente seguir seu exemplo.
Abaixo uma seleção da cobertura da Apple vinda dos arquivos da Healthcares IT News.
Usuários Móveis inteligentes são influenciados pela Apple - 5 de Julho de 2011
“Enquanto a adoção dos dispositivos aumenta entre os médicos, uma coisa fica clara: Pelo menos agora, a Apple reina. De acordo com uma pesquisa de abril entre médicos americanos, realizada pela Aption Corporation, 61% dos médicos tencionam comprar um iPhone até o final de 2011 – aumento nos 39% que tencionavam comprar um no começo do ano. Isso é mais do que o dobro da taxa de adoção de iPhones entre americanos – 27,4%”.
É provável que os Novos Desenvolvimentos da Apple Incitem a Inovação na Saúde Móvel – 7 de Junho de 2011
“Se você está lendo este blog, deve ter visto o pop-up de anúncio da Intel que pergunta: ‘A Computação em Nuvem é Ideal para Você?’, Steve Jobs acha que sim. O empresário da Apple anunciou a oferta mais comentada da empresa – a iCloud – no Wordwide Developers Conference nessa semana, entre inúmeros outros novos desenvolvimentos que levou os fãs da Apple a novos níveis de evangelização”.
O iPhone pode diagnosticar derrame de forma rápida e precisa - 09 de Maio de 2011
“De acordo com pesquisa realizada pela Faculty of Medicine da University of Calgary, os médicos podem diagnosticar um derrame usando um aplicativo do iPhone com a mesma precisão do que se estivessem usando um estação de trabalho médica de computação. Os analistas disseram que essa tecnologia pode ser particularmente útil em áreas rurais. Isso permite acesso em tempo real à especialistas como neurologistas, independentemente de onde se encontram os pacientes”.
O iPad 2 é ainda melhor para os médicos - 3 de Março de 2011
“A Apple apresentou o iPad 2 em um evento especial que incluía um vídeo mostrando o uso da tecnologia em diferentes áreas, com a participação de John Halamka, médico, diretor de informação do Beth Israel Deaconess Medical Center. ‘Algumas vezes os médicos ficam cheios de dados. O que tentamos fazer com o iPad é dar a eles as ferramentas necessárias no momento exato’”.
O Setor de Saúde está entre os Maiores usuários do iPad) – 15 de Novembro de 2010
“O setor de saúde está entre as três indústrias com a maior adoção de iPad para uso corporativo, segundo dados da Good Technology. Os dados vêm da análise da base de usuários da empresa, que inclui mais de 4000 clientes corporativos, cuja implementação de iPads vai de 1 a 1000”.
Apple se prepara para entrar no setor de Saúde -15 de Setembro de 2009
“Parece inevitável, dado ao sucesso do iPhone na área de saúde, mas há rumores de que a Apple está se preparando para entrar em alta escala no setor de saúde… Há o pequeno fator dos bilhões de dólares federais que serão injetados em TI de Saúde nos próximos oito anos, e Steve Jobs seria um idiota se não tentasse abocanhar um pouco desse dinheiro. E Steve Jobs não é um idiota”.
Os 10 apps médicos gratuitos para iPhone – 6 de Março de 2009
“Essa lista enumera os 10 apps gratuitos do iPhone mais populares na seção médica do iTunes App Store”.
(Com quem está o EMR de Steve Jobs? – 14 de Janeiro de 2009
“Agora, não sei se o CEO da Apple Steve Jobs possui um registro pessoal de saúde (se possuir, duvido que seja da HealthVault). Mas, sendo um dos cidadãos mais proeminentes do Vale do Silício, é fácil acreditar que seus médicos usam registro eletrônico de saúde. E vamos confessar: é difícil pensar em outra figura pública que esteja chamando tanto a atenção da comunidade corporativa pelo atual estado de saúde. O misterioso problema de saúde de Jobs e sua decisão de tirar licença médica até o final de junho foi matéria de primeira página no Wall Street Journal”.
iPhone aquece o jogo em informação de Saúde – 31 de Julho de 2008
“O recente lançamento do iPhone 3G da Apple estimulou os fornecedores de TI de Saúde a lançarem seus próprios aplicativos de saúde. Epocrates lançou no mês passado seu aplicativo de referência clínica para iPhone e iPod Touch, disponível na Apple App Store. O San Mateo, fornecedor de informações clínicas e de ferramentas de tomada de decisões, que lançou um produto BlackBerry em novembro que possui agora mais de 200.000 clientes, estava esperando que a Apple desenvolvesse a nova plataforma de seu iPhone antes de lançar o novo software”.
Nova plataforma Mac pode ter apelo para médicos) – 10 de Maio de 2005
Fonte SaudeWeb
“Jim Klein, diretor de tecnologia de saúde da empresa InterSystems, afirmou que pode ter a resposta pra acelerar a adoção de registros médicos eletrônicos pelos médicos: Criar um sistema que seja executado na plataforma Mac OS X. Acredita-se que os médicos estão entre os primeiros usuários de tecnologia de computação, sendo os primeiros a usar computadores Macintosh, bem antes de outros usuários. Com isso, podem fazer a transição do uso do computador em casa pra o local de trabalho mais facilmente ser for um Mac em vez de um PC”.
Fonte: Healthcare IT news / Mike Miliard
Fonte SaudeWeb
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