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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Fórmula pode prever sucesso de tratamento contra câncer de pulmão

Um cálculo específico da velocidade de resposta das células cancerígenas nos tumores de pulmão nas primeiras semanas de tratamento pode prever o sucesso do tratamento médico, segundo um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford (Estados Unidos), publicado nesta quarta-feira.

O trabalho médico destaca que o êxito dos tratamentos não depende diretamente de sua capacidade para matar as células cancerígenas, mas são capazes de desacelerar a taxa de divisão das células do tumor.

"Com uma simples medição matemática podemos determinar quando o câncer se associa a um determinado gene e como responderá ao tratamento aplicado", afirmou Dean Felsher, professor de Patologia e autor do estudo divulgado pela revista "Science Translational Medicine".

A equipe de Felsher, que se associou com o professor de radiologia David Paik, utilizou um método de biologia matemática para estudar um fenômeno denominado oncogene associado, que mostra que o câncer é dependente da atividade de um só gene causador.

Os tumores que são dependentes de uma só proteína em mutação para seu crescimento retrocedem mais rápido quando a atividade da oncogene é bloqueada.

"Com o novo tratamento, iria preferir esperar meses e ver se retrocede, ou seria melhor conhecê-lo após algumas semanas? Descobrimos que a velocidade de regressão pode prever se o tumor é associado a um oncogene, podendo ser tratado com sucesso em tratamentos específicos", considerou Felsher.

No experimento aplicado em ratos, os cientistas inocularam o tumor, depois bloquearam o oncogene (gene que ativado pode provocar câncer) e rastrearam a velocidade de regressão do tumor medindo com precisão os sinais de morte e sobrevivência das células cancerígenas.

A subsistência de uma célula depende do balanço destes sinais, e os tratamentos baseados no oncogene matam os tumores, fazendo com que os sinais de vida diminuam e prevaleçam somente os de morte das células cancerígenas.

"Ambos sinais diminuem após o começo do tratamento, mas os que promovem a sobrevivência das células cancerígenas se dissipam muito antes. Quando isto ocorre, o equilíbrio se desloca em direção aos sinais de morte e o tumor se reduz", explicou Felsher.

Os resultados do experimento foram analisados de maneira retrospectiva em 43 pacientes e, portanto, não puderam afetar o tratamento dos pacientes, mas podem ajudar elaborar técnicas que permitam avaliar que tipo de tratamento será efetivo ou se deve ser empregado outro.

"A velocidade à qual se reduz um tumor é importante. Há um certo ritmo de regressão que indica que nunca vamos ser capazes de eliminar um tipo de câncer totalmente, mas outro ritmo mostra que conseguiremos. Os tumores associados a um oncogene trazem uma resposta cinética muito previsível", acrescentou.

Os pesquisadores trabalham agora na aplicação de suas descobertas em outros tipos de câncer.

Fonte Folhaonline

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