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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Portugal: Asma: Corte na comparticipação gera falsa poupança

Uma falsa poupança, é assim que os especialistas que se reuniram, no fim de semana, para o encontro anual da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imuno-logia Clínica classificam a eventual redução no apoio a remédios contra a asma severa.

Numa altura em que mais de um milhão de portugueses admite que a redução da comparticipação de medicamentos vai implicar deixar na farmácia até os remédios considerados necessários, os especialistas temem pela chegada da tesoura da crise aos fármacos destinados ao combate à asma e alergias. E deixam o alerta: o corte vai apenas significar gastos acrescidos a longo prazo.

«Temos esperança que as coisas se mantenham e que não se confirme a intenção de levar avante os cortes nas associações usadas para o tratamento das formas mais graves de asma», avança ao Destak Mário Morais de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica. «Até porque há evidência científica em como se deve manter a comparticipação.»

E acrescenta que os cortes apenas traduzem uma falsa poupança. «Deixar de tomar os medicamentos tem impacto no controlo da doença, o que significa que vão aumentar as crises, as idas às urgências, as faltas ao trabalho e às aulas, o que acarreta uma menor produtividade» e, logo, «muito mais custos indirectos para o Estado».

Para já, os medicamentos contra a asma e alergias mantêm o desconto, apesar da confusão gerada à volta das chamadas vacinas anti-alérgicas. «Estamos a falar de medicamentos importados do estrangeiro por não existirem no País, e pagos pelo doente, que depois recebia um reembolso de 50%. O que aconteceu foi que caíram no saco geral dos reembolsos, ou seja, alguns centros de saúde e a administrações regionais estão a recusar a comparticipação com base na portaria que põe fim aos reembolsos, embora esta tenha estipulado a existência de excepções».

Inovação em riscoSendo Portugal dos países europeus onde os medicamentos inovadores levam mais tempo a ser aprovados, a crise pode ainda significar cortes na inovação. «Também aqui há preocupação. Todos estamos de acordo que temos que rentabilizar, mas não podemos cortar à custa da qualidade de vida dos doentes.»

Fonte Destak

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