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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Terapias complementares melhoram resultado do tratamento tradicional

Saiba mais sobre terapias com plantas, reiki e geometria sagrada

A saúde além do remédio e do médico tradicional. Não se trata de excluir a alopatia, mas complementá-la, entender o paciente de maneira ampla e integrada para possibilitar qualidade de vida e cura. Atitudes práticas e com resultados de sucesso estão sendo cada vez mais estudadas e discutidas.

Recentemente, o assunto ganhou força com a divulgação dos tratamentos complementares que o ator Reynaldo Giannechini está fazendo para buscar a cura de um câncer no sistema linfático. Reportagem da Revista Veja mostrou que Gianne fez uma cirurgia espiritual e, diariamente, toma uma cápsula com um coquetel fitoterápico para auxiliar no tratamento.

— As terapias complementares auxiliam em todos os tipos de tratamento como forma de trazer harmonia para o dia a dia e para chegar a melhores resultados com o tratamento tradicional — comentou Lisandra Alves, coordenadora geral do I0 Congresso Nacional de Visão Científica e Holística no Ambiente Hospitalar, Reprogramação, Terapias Complementares e Espiritualidade, que aconteceu recentemente em Florianópolis.

No Brasil, as práticas complementares ainda engatinham. Há poucos projetos dentro das instituições públicas de saúde nesta área.

Saiba mais sobre algumas terapias complementares e veja como elas podem ajudar:

:: Reiki
O reiki estabelece bem-estar, tranquilidade e paz. Segundo Maria Marta Jeremias Rosa, voluntária da ONG Senhora de Lourdes que dedica-se a praticar reiki em pacientes de Hospital Regional de São José, em Santa Catarina, ele ajuda a manter o corpo em harmonia, fortalecendo o sistema imunológico.

Helena Marcia Kretzer, coordenadora do setor de humanização do hospital, percebe uma maior disposição dos pacientes para os tratamentos após as sessões de reiki. Ela lembra de um jovem paciente de UTI, que sofreu um acidente grave e estava desacreditado. Maria Marta fez quatro sessões à distância com ele, porque ela não podia entrar na UTI.

— O trabalho dos médicos com ele foi excepcional. Mas o reiki ajudou a mantê-lo tranquilo e equilibrado emocionalmente — conta Marcia.

Recentemente, o jovem esteve no hospital para agradecer os profissionais da humanização.

A prática do reiki no São José foi implantada pelo ONG Senhora de Lourdes, que já tinha a experiência de cinco anos do uso do reiki no Rio Grande do Sul, implantado no Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e levado para profissionais de saúde e pacientes.

— Percebemos uma maior motivação nos pacientes participantes, o que já foi demonstrado em estudos científicos, com melhora na qualidade de vida e redução de sintomas e ansiedade. É sabido que um dos efeitos das terapias complementares é aumentar o grau de empoderamento do paciente, fazendo com que ele possa desempenhar um papel mais ativo no próprio tratamento. Na prática médica, há muito percebemos que os pacientes mais motivados toleram melhor os tratamentos — avalia o médico oncologista Marcelo Capra.

O reiki teve resultados tão bons GHC que tornou-se referência em outros estados e até fora do Brasil. Em junho, integrantes da ONG foram convidadas para apresentar a experiência na Universidade Santiago de Cali, que fica na Colômbia.

:: Plantas
A fitoterapia é a terapia complementar mais conhecida do grande público. Também é a mais avançada em se tratando de reconhecimento dos órgãos públicos. Ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) estabeleceu uma lista com 66 tipos de plantas, suas indicações, contraindicações e dosagens, que podem ser indicadas pelos médicos de hospitais, centros e postos de saúde.

Alécio dos Passos Santos, especialista em plantas medicinais, tem uma coleção de 500 plantas. Ele explica que usada na dosagem adequada e sempre considerando a interação com outros remédios (o que pode potencializar efeitos ou inverter quadros), as plantas são ótimas aliadas na terapia contemplar.

Os efeitos medicinais das plantas são adstringente (contração de tecidos, contendo hemorragias e diarreias), antiespasmódicos depurativos (acalmam o sistema nervoso, expulsam toxinas), diaforéticos (provocam suor), diuréticos (agem sobre os rins), emolientes (têm efeito dissolvente, amolecendo os tecidos ou outras partes do organismo endurecidos por abscessos, úlceras, furúnculos, golpes e inflamações), estimulantes estomacais (produzem ações vivificantes no corpo, regularizando o funcionamento do corpo), sedantes (acalmam dores e qualquer excitação nervosa) e vermífugos (combatem lombrigas e outros vermes).

— A iniciativa do governo federal é ótima. Mas é só um começo. O problema é que na prática os médicos da rede pública não conhecem os remédios. Nas faculdades de medicina, as plantas não são estudadas, o que torna difícil um uso mais adequado das propriedades medicinais das plantas — afirmou Alécio.

Confira algumas ervas e suas indicações:

- Erva de São João (hipericum): depressão
- Novalgina (achileia milifalium): analgésico
- Romã: efeito de antibiótico
- Hortelã de folha grande: problemas respiratórios como bronquite, gripes e resfriados
- Marcela: dor de cabeça
- Jambu: anestésico
- Alfazema: tranquilizante

:: Geometria sagrada
De acordo com a engenheira civil e psicóloga Cyntia Guaraldo Areripe, a estrutura do hospital pode influenciar positivamente na cura dos pacientes. Cyntia afirma que a geometria sagrada é um princípio que planeja construções harmônicas e que valorizam a cura por serem confeccionadas a partir de formas e proporções que traduzem harmonia e unidade entre si.

— São estruturas com formas que não têm cara de hospital, mas de locais que poderiam ser chamados de centro do ser, onde se usa energia eólica ou solar, e são autossustentáveis — explicou.

Fonte Zero Hora

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