A Fundação Abrinq lançou ontem (5), em São Paulo, a campanha Por Todas as Crianças, com o objetivo de ajudar o Brasil a reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna.
A campanha foi desenvolvida pela organização internacional Save the Children para fazer com que vários países consigam cumprir as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos Objetivos do Milênio.
“Vamos focar [a campanha] nos problemas brasileiros específicos das regiões Norte e Nordeste, como mortalidade infantil e mortalidade materna”, disse Denise Cesário, gerente executiva da Fundação Abrinq, organização não governamental que tem a missão de promover a defesa dos direitos das crianças e adolescentes e representa a Save the Children no Brasil.
As metas 4 e 5 estabelecidas pela ONU nos Objetivos do Milênio preveem que, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos em todo o mundo seja reduzida em dois terços e que a mortalidade materna diminua em três quartos.
Atualmente, 8 milhões de crianças menores de cinco anos morrem por ano em todo o mundo. No Brasil, 50.033 crianças morreram em 2009, segundo números do Datasus (o banco de dados do Sistema Único de Saúde). Ou seja, a cada dia 137 crianças morreram no país. De acordo com os dados, 85% das crianças mortas não tinham um ano de idade.
Para que o Brasil alcance as metas estabelecidas pela ONU até 2015, a fundação estima que será preciso reduzir de 22,8 (índice de 2008) para 17,9 o número de mortes de crianças a cada mil nascidos vivos no país.
As ações de combate à mortalidade infantil e materna serão focadas em 47 municípios das regiões Norte e Nordeste, que apresentaram os piores indicadores do país. As ações ainda estão sendo planejadas, mas a Fundação Abrinq pretende intensificar a mobilização da sociedade por meio das redes sociais e articular projetos com governos, organizações e empresas para que o Brasil consiga cumprir as metas estabelecidas pela ONU. Para isso, a fundação quer concentrar os programas principalmente nas mortes que são evitáveis, provocadas, em geral, por falta de pré-natal de qualidade e alimentação inadequada.
A Fundação Abrinq espera aumentar o número de consultas pré-natais, reduzir os partos feitos por meio de cesáreas, estimular o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, reduzir a deficiência nutricional de crianças menores de cinco anos e beneficiar cerca de 26,4 mil crianças das regiões Norte e Nordeste do país.
Fonte Agência Brasil
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