As maiores vítimas de negativas de coberturas dos planos de saúde são pacientes em tratamento de câncer e outras doenças que exigem procedimentos e equipamentos de alta complexidade e custo, como PET-scan, stent e cânula para abrir artérias. Nestes casos, a última opção acaba sendo levar a discussão para a Justiça.
É o caso de Emanuel Santiago Silva, portador de melanoma com extensa doença metastática linfonodal (câncer). Durante tratamento quimioterápico no Hospital Sírio Libanês, a Medial Saúde deixou de dar cobertura aos ciclos de aplicação dos medicamentos quimioterápicos.
“Viemos de Aracaju para fazer tratamento aqui em São Paulo. Quando demos entrada no hospital, o plano não aceitou dizendo que a quimioterapia era experimental. A partir daí, foi uma luta entramos com processo e conseguimos liminar atrás de liminar”, conta a esposa de Emanuel, Erlita Chagas Silva, 53 anos, professora aposentada.
A advogada do casal, Renata Vilhena, do escritório especializado em direito à saúde Vilhena Silva, conta que a empresa colocava empecilhos e fazia de tudo para atrasar a quimioterapia. “A ANS intervém e faz novas resoluções, mas nunca consegue resolver o problema. O setor está muito confuso e com, cada vez ,mais brechas para as empresas negarem tratamento. A única alternativa que resta a esses pacientes é a Justiça”, diz.
A Amil (dona da Medial) informou que “cumpriu decisão judicial e que todos os tratamentos previstos contratualmente foram cobertos”. No entanto, ressaltou que “o uso experimental (off label) de alguns medicamentos não tem cobertura contratual”.
A empresa diz que a eficácia do uso de tais fármacos não é reconhecida e pode gerar danos ao paciente e responsabilidade civil para os profissionais de saúde envolvidos no tratamento.
Fonte Estadão
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