Dois estudos internacionais lançam algumas luzes sobre essa prática que não para de ganhar adeptos
Bolas medicinais estão se tornando alternativas populares às velhas cadeiras de escritório, uma boa forma – segundo alguns – de queimar calorias e melhorar a postura.
De fato, o aumento na queima de calorias é real, mas pequeno. Segundo um estudo de 2008, trabalhar no escritório sentado numa bola medicinal queima cerca de 4 calorias a mais por hora do que fazer a mesma atividade numa cadeira. Isso significa proximadamente 30 calorias extras num dia típico de trabalho.
E esse número não inclui a queima adicional que viria com atividades como quicar ou fazer levantamento de pernas, algo que muitos usuários dizem ficar inspirados a fazer quando sentados sobre as bolas.
Do ponto de vista da postura, não existe um corpo de evidências científicas convincentes. Embora os proponentes afirmem que as bolas forçam os usuários a ficarem em uma posição ereta e a se estabilizarem sobre a bola, um estudo inglês de 2009 descobriu que sentar-se prolongadamente numa bola medicinal gerava os mesmos problemas de postura que numa cadeira.
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Outro estudo, conduzido por pesquisadores holandeses no ano passado, comparou trabalhadores com longas tarefas de datilografia sobre bolas medicinais e cadeiras com encostos para os braços. As bolas produziram mais atividade muscular e um “movimento de tronco” 33% maior. Porém, também geraram maiores índices de contração da coluna.
“Concluiu-se que as vantagens relacionadas à carga física de sentar-se numa bola medicinal pode não superar suas desvantagens”, escreveram os pesquisadores. Outros estudos chegaram a resultados similares.
Conclusão: sentar numa bola medicinal queima mais energia do que sentar numa cadeira, mas faltam evidências de que isso realmente aprimora a postura.
Fonte IG
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