Dados divulgados ontem (5) pelo Ministério da Saúde indicam que, dos 561 municípios monitorados pela pasta, 48 estão em situação de risco de surto de dengue, 236 estão em alerta para a doença e 277 apresentam índices considerados satisfatórios. O mapeamento foi feito entre outubro e novembro, em parceria com as secretarias municipais de Saúde.
De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), mais de 3,9% dos imóveis das cidades em situação de risco apresentaram larvas do mosquito. Nos municípios em alerta, a taxa ficou entre 1% e 3,9%. O índice considerado satisfatório é inferior a 1%.
O balanço revelou ainda que 4,6 milhões de pessoas vivem em áreas de risco de epidemia de dengue. Os municípios nessa situação estão localizados em 16 estados e entre eles há três capitais: Rio Branco, Porto Velho e Cuiabá.
Entre as capitais em situação de alerta destacam-se Salvador, com índice de infestação de 3,5%; Recife, com 3,1%; Belém, com 2,2%; São Luís, com 1,6%; e Aracaju, com 1,5%.
No ano passado, 427 cidades foram mapeadas no Liraa. A partir de 2012, de acordo com o ministério, o estudo será feito três vezes ao ano e não mais anualmente.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que o mapeamento dá uma ideia da presença dos focos do mosquito transmissor da dengue no país. Ele ressaltou, entretanto, que outros fatores são considerados pela pasta como decisivos para que uma epidemia seja registrada.
“A divulgação [do levantamento] é para deixar claro quais são os esforços necessários para reduzir os riscos”, disse. Segundo Padilha, cidades em situação de risco devem “trabalhar muito” para reduzir os índices até janeiro, mês da próxima avaliação. “Se nada for feito agora, a tendência é ter uma infestação ainda maior nesses municípios”, alertou.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que o período de maior concentração dos casos de dengue é entre janeiro e maio. A campanha de combate à doença no verão 2011/2012, segundo ele, terá como foco hábitos simples que ajudam a combater os focos do mosquito.
“A campanha é permanente, mas há momentos em que é preciso chamar a atenção das pessoas”, disse. “Não precisa tecnologia nem comprar nada para combater a dengue. Temos que desmistificar: são medidas simples que cada família pode fazer”, disse, ao citar a limpeza de caixas d'água e o não acúmulo de lixo.
Fonte Agência Brasil
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