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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Portugal: IPO lança programa de acompanhamento para doentes com tumores cerebrais

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa lança na quarta-feira um programa de acompanhamento personalizado de doentes com tumores cerebrais primários e seus familiares para aumentar a adesão dos pacientes à terapêutica e diminuir a "fragilidade emocional".

“É um programa em que os doentes, além das consultas e do seguimento médico, têm um conjunto de enfermeiros que os contactam regularmente para saber como estão a correr os tratamentos, se têm reações aos medicamentos prescritos, estabelecendo uma relação de proximidade com o doente, mais profunda do que aquela que se estabelece na consulta médica tradicional”, disse à agência Lusa o diretor do Serviço de Neurologia do IPO.

O programa “Tempo de Viver” visa o acompanhamento dos doentes desde o momento do diagnóstico até ao fim do tratamento, disponibilizando contactos para o esclarecimento de questões relacionadas com a doença ou a terapêutica.

“As dúvidas que os doentes e os familiares têm, não se dissipam na totalidade através dos contactos com os médicos responsáveis, ainda que a vontade de as esclarecer possa ser muito grande”, referiu Bravo Marques.

Com este contacto mais personalizado, procura-se “diminuir a fragilidade emocional e melhorar a qualidade de vida de quem passa por uma doença do foro oncológico”.

“Os doentes gostam de todas as iniciativas que os hospitais possam ter relativamente ao seu acompanhamento e da sua doença”, adiantou Bravo Marques.

Mas, segundo o médico, este acompanhamento também contribui para diminuir a probabilidade de aparecimento de efeitos adversos não tratados da medicação que o doente está a fazer.

“A terapêutica anti-cancerosa pode ter efeitos secundários muito significativos e é necessário os doentes serem vigiados para tratamento desses efeitos logo que se instalam”, explicou.

Bravo Marques salientou o papel dos enfermeiros no desenvolvimento deste programa: “São a figura chave” porque estabelecem a ponte com os doentes e podem identificar rapidamente problemas relacionados com a evolução da doença ou com a terapêutica e tomar as medidas necessárias à sua resolução.

Segundo o médico, o universo de doentes com tumores cerebrais é muito mais pequeno do que, por exemplo, dos doentes com cancro da mama, representando 4,5 por cento de todos os tumores.

Os tumores cerebrais podem ser primários e secundários. Os primários têm origem no cérebro e meninges e há cerca de 1.000 casos novos por ano em Portugal.

Os secundários, mais frequentes, originam-se em tumores fora do sistema nervoso central, que metastizam para o cérebro e aparecem pelo menos em 20 por cento de todos os cancros.

Há cerca de 30.000 casos novos de cancro por ano em Portugal, sendo de esperar que 6.000 ou mais venham a ter metástases cerebrais.

Os tumores do cérebro produzem sintomas muito diversos, como dores de cabeça, alterações do estado de consciência, crises epiléticas instaladas pela primeira vez já na idade adulta. Podem também aparecer sintomas como paralisias de uma parte do corpo ou alterações da linguagem.

Fonte Destak

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