Sobreviver a uma leucemia mielóide crónica é uma realidade. Mas são poucos os que conhecem a doença ou que sabem que se está «no bom caminho» para uma cura. Manual escrito por médica visa colmatar falta de informação.
Leucemia é uma palavra que se associa, não raras vezes, a fatalidade. E se há formas da doença que ceifam vidas de maneira precoce, outras há a que a medicina já consegue dar resposta. É o caso da leucemia mielóide crónica, doença que, explica ao Destak Ana Marques Pereira, médica hematologista e autora de um manual para doentes e familiares, «permite uma vida normal e, desde que tratada de forma adequada, se manifesta com uma sobrevida longa».
Até porque, explica, o tratamento «foi uma das áreas da medicina que mais evoluiu e que revolucionou o campo da terapêutica». Hoje, segundo a especialista, «as novas abordagens permitem alterar o prognóstico da doença». O que não significa, no entanto, que se possa falar de uma cura. «Mas estamos no bom caminho para a conseguir», confirma a hematologista.
Informação precisa-se
Confrontada com a falta de informação, a médica decidiu lançar mãos à obra e publicar um manual. Trabalho que justifica com o facto de ser uma doença pouco conhecida. «A leucemia mielóide crónica é uma patologia sobre a qual existe pouca divulgação. Muitas vezes os doentes consultam a internet e sentem-se perdidos, com informações contraditórias e até erradas».
O que, acrescenta, permite ao doente perceber melhor o que se passa com ele, a evolução da doença e as formas de tratamento. «Aqui, o tratamento correcto, tal como foi prescrito pelo médico, é fundamental. Os doentes que não cumprem o tratamento vão criar resistências, ter pior resposta e por consequência uma vida mais curta. É assim evidente que a informação é fundamental.»
Doença sem sintomas
Nesta forma de leucemia «as células da medula óssea são substituídas por células mais jovens e outras intermédias, que derivam de uma célula mãe anormal». E se, no início, o doente pode não ter sintomas, é «nas análises de rotina que se detecta a subida dos glóbulos brancos, o que leva à suspeita da doença».
Nesta forma de leucemia «as células da medula óssea são substituídas por células mais jovens e outras intermédias, que derivam de uma célula mãe anormal». E se, no início, o doente pode não ter sintomas, é «nas análises de rotina que se detecta a subida dos glóbulos brancos, o que leva à suspeita da doença».
Fonte Destak
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